Vejamos alguns tipos de Romances mais conhecidos na
Literatura Brasileira:
Quanto
ao tipo de abordagem:
Romance Urbano ou de Costume: tem
como principal característica retratar e criticar os costumes da sociedade.
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Romance Sertanejo ou
Regionalista: (tipicamente brasileiro) aborda questões
sociais a respeito de determinadas regiões do Brasil, destacando suas
características. Foi a atração pelo pitoresco e o desejo de explorar e
investigar o Brasil do interior, que fizeram os autores românticos se
interessarem pela vida e hábitos das populações que viviam distantes das
cidades. Bernardo Guimarães foi um dos iniciadores do regionalismo romântico
com a publicação de O Ermitão de Muquém (1869), seguido por Visconde de Taunay
e Franklin Távora. Uma safra de bons escritores continuou a retratar o homem no
ambiente das zonas rurais, com seus problemas geográficos e sociais. Por exemplo:
Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Érico Veríssimo, Jorge
Amado, entre outros.
Romance Histórico: surgiu
no início do século XIX, e tinha como característica a reconstrução dos
costumes, da fala e das instituições do passado. Para tanto, servia-se
de enredo fictício e a mistura de
personagens históricos e de ficção O primeiro romance histórico da
literatura universal foi Waverley (1814), de Sir Walter Scott; mas o que serviu de modelo a todos os outros,
foi O Coração de Midlothian (The Heart of Midlothian, 1818) do mesmo autor. O maior de todos os romances históricos foi Guerra
e Paz (Voina i mir, 1869), de Tolstoi. Do romance histórico derivou-se
o subgênero chamado "romance de
capa e espada", cujo mestre foi o francês Alexandre Dumas, autor de Os
Três Mosqueteiros (Les Trois Mousquetaires, 1844).
No Brasil, foi um dos principais meios encontrados pelos românticos para a
reinterpretação nacionalista de fatos e personagens da nossa história, numa
revalorização e idealização de nosso passado. Nessa linha, os autores mais
importantes são: José de Alencar, As
Minas de Prata, A guerra dos Mascates; Bernardo Guimarães, Lendas e Romances, Histórias e Tradições da
Província de Minas Gerais; Franklin Távora, O Matuto, Lourenço. Atualmente nosso o romance histórico, consegue fundir narrativa policial, fatos
políticos e abordagem histórica como em Agosto,
de Rubem Fonseca, que expõe os acontecimentos políticos que levaram Getúlio
Vargas ao suicídio; Olga, de Fernando
Morais que retrata a história da esposa de Luís Carlos Prestes, entregue aos
alemães nazistas pelo governo de Getúlio; para só citar esses.
Romance Indianista: traz o índio e os costumes indígenas, como foco literário.
Considerado uma autêntica expressão da nacionalidade, o índio era altamente
idealizado. Como um símbolo da pureza e da inocência, representava o homem não
corrompido pela sociedade, o não capitalista, além de assemelhar-se aos heróis
medievais, fortes e éticos. Para
maiores informações sobre o romance Indianista, clique AQUI!
Romance Psicológico:
prefere perscrutar e analisar os motivos íntimos das decisões e indecisões
humanas. O primeiro exemplo perfeito do gênero foi: As ligações Perigosas (Les
Liaisons Dangereuses, 1782), de Choderlos Laclos. Entretanto, o prestígio do
romance psicológico só chegou ao auge por volta de 1880, quando Stendhal foi
redescoberto e Dostoievski traduzido. Deste último, Crime e Castigo
(Prestuplenie i Nakazanie, 1866) é uma das obras-primas do gênero. Na
Literatura Brasileira o romance psicológico tem seu marco inicial com Dom
Casmurro, de Machado de Assis. Outros romances foram: Perto do Coração Selvagem
e Laços de Família, de Clarice Lispector; São Bernardo, de Graciliano Ramos; A
Menina Morta Cornélio Pena; Crônica da Casa Assassinada, Lúcio Cardoso; entre
outros.
Quanto
à época ou escola literária:
Romance Romântico: Nesse tipo de Romance se
destacavam os ideais cavalheirescos, a idealização da mulher e o heroísmo,
dignidade e amor à pátria nas personagens masculinas. As narrativas traziam uma
constante luta entre o bem e o mal, sempre com a vitória do bem. Narravam
sempre histórias de amor, onde era certo o conhecido Final Feliz.
Romance Realista: Tem características
temáticas influenciadas pelo cientificismo da época. É carregado de críticas
sociais e traz à tona defeitos dos homens que até então não eram revelados,
como o materialismo, a traição, além de defeitos de caráter e personalidade
explicados pelo determinismo. Personagens tipo são muito cultivadas nessas
obras, ainda com o objetivo de criticar a sociedade. A linguagem é correta e a
narrativa é lenta, com pausas para minuciosas descrições.
Romance Naturalista: em muitos casos não se
separa das narrativas realistas. Tem basicamente as mesmas características e
foram produzidos no mesmo período. A diferença básica entre as duas tendências
é que enquanto os Romances Realistas trazem personagens com características
comuns à natureza humana, o Romance Naturalista tende aos aspectos patológicos,
dando margem a características animalescas. A análise social é feita a partir
de personagens marginalizadas.
Romance Modernista: Caracteriza-se pelo seu
caráter revolucionário e pelo protesto a qualquer tipo de convenção social.
Como o movimento modernista teve várias tendências, às vezes até individuais,
não podemos destacar muitas características em comum entre as obras. Traziam
consigo forte crítica social e novas abordagens e visões do mundo.
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o romance é um genero otimo. e seus romances são muitos bom.
ResponderExcluirA ISSO TUDO A GENTE TA VENDO ISSO TAMBEM AGORA K FAS PARA PEDIR AJUDA A DOIS PROFESSOR
ExcluirMuito bom aprendi bastante com isso.
ExcluirJefferson.