domingo, 21 de outubro de 2012

Tipos de Romance


Vejamos alguns tipos de Romances mais conhecidos na Literatura Brasileira:
Quanto ao tipo de abordagem:

Romance Urbano ou de Costume: tem como principal característica retratar e criticar os costumes da sociedade. Para maiores informações sobre o romance urbano, clique Aqui!

   
Romance Sertanejo ou Regionalista: (tipicamente brasileiro) aborda questões sociais a respeito de determinadas regiões do Brasil, destacando suas características. Foi a atração pelo pitoresco e o desejo de explorar e investigar o Brasil do interior, que fizeram os autores românticos se interessarem pela vida e hábitos das populações que viviam distantes das cidades. Bernardo Guimarães foi um dos iniciadores do regionalismo romântico com a publicação de O Ermitão de Muquém (1869), seguido por Visconde de Taunay e Franklin Távora. Uma safra de bons escritores continuou a retratar o homem no ambiente das zonas rurais, com seus problemas geográficos e sociais. Por exemplo: Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Érico Veríssimo, Jorge Amado, entre outros.

Romance Histórico: surgiu no início do século XIX, e tinha como característica a reconstrução dos costumes, da fala e das instituições do passado. Para tanto, servia-se de enredo fictício e a mistura de personagens históricos e de ficção O primeiro romance histórico da literatura universal foi Waverley (1814), de Sir Walter Scott; mas o que serviu de modelo a todos os outros, foi O Coração de Midlothian (The Heart of Midlothian, 1818) do mesmo autor. O maior de todos os romances históricos foi Guerra e Paz (Voina i mir, 1869), de Tolstoi. Do romance histórico derivou-se o subgênero chamado "romance de capa e espada", cujo mestre foi o francês Alexandre Dumas, autor de Os Três Mosqueteiros (Les Trois Mousquetaires, 1844). No Brasil, foi um dos principais meios encontrados pelos românticos para a reinterpretação nacionalista de fatos e personagens da nossa história, numa revalorização e idealização de nosso passado. Nessa linha, os autores mais importantes são: José de Alencar, As Minas de Prata, A guerra dos Mascates; Bernardo Guimarães, Lendas e Romances, Histórias e Tradições da Província de Minas Gerais; Franklin Távora, O Matuto, Lourenço. Atualmente nosso o romance histórico, consegue fundir narrativa policial, fatos políticos e abordagem histórica como em Agosto, de Rubem Fonseca, que expõe os acontecimentos políticos que levaram Getúlio Vargas ao suicídio; Olga, de Fernando Morais que retrata a história da esposa de Luís Carlos Prestes, entregue aos alemães nazistas pelo governo de Getúlio; para só citar esses.

Romance Indianista: traz o índio e os costumes indígenas, como foco literário. Considerado uma autêntica expressão da nacionalidade, o índio era altamente idealizado. Como um símbolo da pureza e da inocência, representava o homem não corrompido pela sociedade, o não capitalista, além de assemelhar-se aos heróis medievais, fortes e éticos. Para maiores informações sobre o romance Indianista, clique AQUI!

Romance Psicológico: prefere perscrutar e analisar os motivos íntimos das decisões e indecisões humanas. O primeiro exemplo perfeito do gênero foi: As ligações Perigosas (Les Liaisons Dangereuses, 1782), de Choderlos Laclos. Entretanto, o prestígio do romance psicológico só chegou ao auge por volta de 1880, quando Stendhal foi redescoberto e Dostoievski traduzido. Deste último, Crime e Castigo (Prestuplenie i Nakazanie, 1866) é uma das obras-primas do gênero. Na Literatura Brasileira o romance psicológico tem seu marco inicial com Dom Casmurro, de Machado de Assis. Outros romances foram: Perto do Coração Selvagem e Laços de Família, de Clarice Lispector; São Bernardo, de Graciliano Ramos; A Menina Morta Cornélio Pena; Crônica da Casa Assassinada, Lúcio Cardoso; entre outros.

Quanto à época ou escola literária:

Romance Romântico: Nesse tipo de Romance se destacavam os ideais cavalheirescos, a idealização da mulher e o heroísmo, dignidade e amor à pátria nas personagens masculinas. As narrativas traziam uma constante luta entre o bem e o mal, sempre com a vitória do bem. Narravam sempre histórias de amor, onde era certo o conhecido Final Feliz.

Romance Realista: Tem características temáticas influenciadas pelo cientificismo da época. É carregado de críticas sociais e traz à tona defeitos dos homens que até então não eram revelados, como o materialismo, a traição, além de defeitos de caráter e personalidade explicados pelo determinismo. Personagens tipo são muito cultivadas nessas obras, ainda com o objetivo de criticar a sociedade. A linguagem é correta e a narrativa é lenta, com pausas para minuciosas descrições.

Romance Naturalista: em muitos casos não se separa das narrativas realistas. Tem basicamente as mesmas características e foram produzidos no mesmo período. A diferença básica entre as duas tendências é que enquanto os Romances Realistas trazem personagens com características comuns à natureza humana, o Romance Naturalista tende aos aspectos patológicos, dando margem a características animalescas. A análise social é feita a partir de personagens marginalizadas.

Romance Modernista: Caracteriza-se pelo seu caráter revolucionário e pelo protesto a qualquer tipo de convenção social. Como o movimento modernista teve várias tendências, às vezes até individuais, não podemos destacar muitas características em comum entre as obras. Traziam consigo forte crítica social e novas abordagens e visões do mundo.

InfoEscola: Navegando e Aprendendo

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3 comentários:

  1. o romance é um genero otimo. e seus romances são muitos bom.

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    1. A ISSO TUDO A GENTE TA VENDO ISSO TAMBEM AGORA K FAS PARA PEDIR AJUDA A DOIS PROFESSOR

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    2. Muito bom aprendi bastante com isso.
      Jefferson.

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