domingo, 29 de abril de 2012

SEQUÊNCIA DIDÁTICA DE ALGUNS GÊNEROS



ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNADAMENTAL FRANCISCO SALES DE CARVALHO
EDUCAR PARA CONSTRUIR UM FUTURO

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

  • Objetivos:
v  Definir e familiarizar-se com o gênero;
v  Conhecer suas características e fazer uso de sua aplicação na prática;
v  Aprender a planejar um seminário;
v  Efetuar um seminário, dispondo dos conhecimentos adquiridos do gênero.

  • Conteúdo:
v  Gênero oral – Seminário.

  • Tempo Estimado:
v  4 aulas.

  • Público Alvo:
v   Adolescentes de 11 a 17 anos.



SEQUÊNCIA DIDÁTICA

                 O primeiro contato do gênero oral “Seminário” em sala de aula se deu por meio de uma apresentação teatral, baseada numa história de conto de fadas. Após terminar a apresentação, os alunos foram divididos em grupos, mediante orientação do professor, buscavam socializar da apresentação aspectos como: segurança, postura, prestígio, companheirismo, afeto e novas experiências dos participantes em relação à história contada. Depois foi dado um momento para cada grupo expor suas opiniões, mostrando o que faltou e o que poderia ter sido melhor. Com isso se trabalhou alguns aspectos próprios do gênero, uma vez que os alunos foram no plenário apresentar suas ideias, mesmo em menor grupo, isso é o primeiro passo preparatório para um seminário. Em pouco tempo, eles começaram a sentir-se mais donos de si e passam a agir na turma com naturalidade e firmeza.
                 Após essa primeira etapa, a turma foi dividida em grupos maiores. Em seguida foi sugerido o tema “Racismo e Preconceito”. Os alunos tiveram muito tempo para pesquisar, estudar e se organizar, só depois apresentá-lo.
                 Na aula seguinte, os alunos assistiram a um seminário televisivo. Foi orientado que eles tivessem bastante atenção ao assistir o seminário, a fim de eles observarem e detectar a estrutura de um seminário. Após o término do vídeo foi feito a percepção, utilizando a parte discursiva do educando, assim a turma interagiu entre si.   Mostrando o que conseguiu captar do vídeo. Para ampliar o repertório dos discentes, foram sugeridos outros vídeos com seminários.
                 Na sequência, foi exposto aos participantes do seminário os aspectos de fundamentação básica (segurança, prestígio, novas experiências, companheirismo e afeto) e sua estrutura (como definir objetivos, marcar tempo e etapas de realização, coligir fontes informativas, determinar diretivas de execução e organizar esquemas e roteiros). É importante que os envolvidos mantenham certa ordem no momento de sua fala. Seja claro e positivo em suas opiniões. Procurar interagir sempre com o grupo.           
                 Nessa etapa, o professor que estava presidindo o seminário, teve condições de fazer a avaliação prévia do momento e das principais dificuldades apresentadas pelos alunos quanto o desenvolvimento do seminário.
                 E para finalizar, foi realizado um seminário, só que desta vez, utilizando na prática os conhecimentos já adquiridos. O professor notou que eles já apresentavam com empolgamento, interatividade e segurança.   

(Francisco Antônio e Magno)



ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL FRANCISCO SALES DE CARVALHO
Educar Para Construir um Futuro

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Objetivos:

Ø  Conceituar e familiarizar-se com o gênero;
Ø  Conhecer suas características e fazer uso de sua aplicação na prática;
Ø  Saber como utilizar os argumentos conforme o andamento do debate;
Ø  Participar e vivenciar um debate, conhecendo os aspectos positivos e negativos.

      Conteúdo:

Ø  Gênero oral: Debate.

      Tempo Estimado:

Ø Quatro aulas.

  Público Alvo:

Ø Adolescentes entre 14 e 17 anos.


SEQUÊNCIA DIDÁTICA

                 O primeiro contato do gênero oral “Debate” em sala de aula foi através de um texto da revista “Pais e Teens”, a fim de que alguns aspectos próprios do gênero sejam observados e discutidos em sala de aula. Nesse contexto foi trabalhado como tema central da aula: O início da vida profissional e o relacionamento dos pais no fim da adolescência.
                 Após essa primeira etapa, a turma foi dividida em dois lados. Em seguida foi questionado se “Debate é briga”? Os alunos tiveram seu tempo de resposta contado a cada resposta.
                 Na aula seguinte, com a orientação do professor, foi proposto aos alunos um debate sobre o tema: Televisão deformadora de costumes ou espelho de uma sociedade doente?  E partes para ampliar o repertório dos discentes, foram realizadas várias leitura sobre o tema.
                 Na sequência, foi esclarecido aos participantes do debate os direitos de cada um, como por exemplo: o direito de falar durante dois minutos e ficou claro que não se deve interromper a imposição do outro, portanto cada um só pode falar quando for a sua vez.
                 Nessa etapa, o professor que estava sendo o mediador do debate, teve condições de fazer a avaliação prévia do momento e as principais dificuldades que alguns alunos encontram para um contra-argumento.
                 E para finalizar, foi realizada uma auto-avaliação. Nesse momento foi questionado que aspectos foram positivos e negativos. O que pode ser feito para alcançar um melhor resultado em um novo debate? Entre outras questões.     

EQUIPE DE TRABALHO:
Lilian Maria Alves, Maria Luzângela Ribeiro, Francisco Magno, Maura Simões e Francisco Antônio.



ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL FRANCISCO SALES DE CARVALHO
EDUCAR PARA CONSTRUIR UM FUTURO

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

  ü  OBJETIVOS:
·         Definir e conhecer a origem do gênero romance;
·         Familiarizar-se com obras e autores desse gênero;
·         Conhecer as características e os tipos de romance;
·         Aprender as estruturas e estratégias;
·         Produzir seu primeiro romance;
·         Publicá-lo na internet e expor na biblioteca escolar.

  ü  CONTEÚDO:
·         Gênero Textual: Romance.

  ü  DURAÇÃO:
·         10 aulas.

  ü  PÚBLICO ALVO:
·         Adolescentes de 11 a 16 anos (9º ano).

DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES

1ª ETAPA:

De início os alunos irão conhecer a definição de romance e o significado de sua origem. Depois haverá leitura de texto, discussão de grupo e será encaminhado para casa uma atividade de pesquisa (conhecer os principais romances mundiais e seus respectivos autores), finalizar a aula com a leitura compartilhada de um fragmento do romance "Viagens de Gulliver" (distribuir cópia do mesmo a todos os alunos).

2ª ETAPA:

            Os alunos vão se familiarizar com as obras e os autores. Perguntar os alunos como foram suas pesquisas (um breve momento de conversa). Depois espalhe no chão da sala uma variedade de romances de estilos diferentes. Coloque um fundo musical no momento em que os alunos forem escolhê-los, assim o ambiente se tornará mais agradável e aconchegante. Em seguida dê um tempo razoável para eles conhecerem a obra e lerem a biografia dos autores. Após coloque o áudio do romance “O seminarista” (resumo), de Bernardo Guimarães. Finalize a aula, fazendo um jogo de perguntas, em relação ao Seminarista.

3ª ETAPA:

Dividir os alunos em grupo, cada grupo lerá uma obra literária, lembrando que cada membro pertencente ao grupo deverá lê-la. O professor deve selecioná-la, e depois levar para a sala de aula, e apresentar em seguida ao educando, que devem após escolhê-la. Concluída a leitura do romance, apresentarão a obra de forma oral. O espaço para a apresentação pode ser a sala de aula, o auditório da escola ou em um ambiente que proporcione (dentro do âmbito escolar). Lembrando-o que os mesmos deverão entregar os resumos por escrito.  

4ª ETAPA:

            Nessa etapa o aluno vai conhecer as características e os tipos de romance. De início será lido o resumo de “Luzia Homem”, de Domingos Olímpio, onde o professor compartilhará a leitura do mesmo com a turma. Deverá ser entregue a cada aluno a cópia do resumo. Depois será apresentado através de slides as características e os tipos de romance.  Nesse momento o professor deve promover a interação da turma com o conteúdo. Para encerrar peça os alunos para lerem outros resumos de outras obras no blog “Comunicação e Expressão”.

5ª ETAPA:

            Para aumentar a familiaridade dos alunos com o gênero romance e facilitar a análise de suas características, nesta aula, vamos assistir a uma Curta Metragem de “A moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo. Em seguida o professor entregará a cada aluno uma ficha com questionamento. Concluído a atividade, é hora da correção coletiva, vê o que cada aluno respondeu. É um dos momentos mais importante da aula. Logo veremos o que todos aprenderam. Aproveite o momento para explorar, desafiar e instigar o conhecimento do aluno diante do assunto abordado.   

6ª ETAPA:

            Nesta aula vamos aprender as estruturas e estratégias usadas pelos romancistas, em suas mais variadas obras. Para começo de conversa será lido um trecho de “A viuvinha”, de José de Alencar. O professor deverá distribuir cópias entre todos. Depois utilizar a leitura continuada, fazendo com que uma boa parte da turma participe. Através de slide explorar as estruturas do romance e, em seguida distribuir entre os alunos um trecho de “O seminarista”, de Bernardo Guimarães. Peça o educando que se junte de grupo e identifique as estruturas estudadas. Finalize a aula com a correção.

 7ª ETAPA:

            Agora o aluno vai produzir seu primeiro romance. De início o professor deve dar os “Cinco passos para começar a escrever um romance”, distribua cópia deste para seus alunos. Em seguida os convide para ler, indique um aluno para fazer a leitura e depois promova a discussão de grupo. A cada passo um aluno lerá. E abra espaço para breve comentário. Agora é hora de produzir! Cada aluno individualmente irá rascunhar seu texto, colocando em prática o que conseguiu aprender durante as aulas. O professor deverá deixar os alunos a vontade, por exemplo: sentados no chão, deitados, fora da sala de aula, ao ar livre; na biblioteca ou em qualquer lugar que lhe favoreça para o desenvolvimento de sua produção textual. Lembre-se que este momento é para a produção e não para descontração, deixe isso bem claro para o educando. 

8ª ETAPA:

            Nesta aula os alunos irão apresentar, por meio de leitura, sua produção textual. De início peça para que todos colaborem, para que se possa fazer alguma intervenção de forma coletiva (tanto os alunos como o professor podem dar sugestões para melhorar as produções). Peça o educando que escreva em sua folha as intervenções sugeridas. Depois reescrevê-la novamente, tendo o cuidado para não cometer os mesmos erros. Encerre a aula com o recolhimento dos textos. Receba também sua primeira produção, assim o aluno verá o quanto ele evoluiu, no momento que compará-la.

9ª ETAPA:

            Nessa etapa o professor irá entregar novamente os textos para os alunos, porém com suas intervenções feitas. Estes devem reescrever tudo de novo, mas acrescido das observações apontada pelo professor. Para finalizar  divida os alunos em grupo, e cada equipe deve trazer um desses materiais  para a próxima aula: foto dos principais romancistas, trecho e capa de obras variadas, e ainda suas respectivas biografias. Por último receba os textos reeditados.

10ª ETAPA:

            Nesta aula a turma irá trabalhar de forma coletiva, um ajudando o outro. Um grupo ficará com a confecção do mural de fotos, outro ficará com o painel de textos, um grupo ainda se encarregará de expor na parede da sala as capas ilustrativas das obras, e por último construir outro mural com as biografias. O professor da sala deverá expor os textos produzidos pelos alunos, de forma bem criativa. Depois peça os mesmos para darem depoimentos sobre esse novo gênero estudado, o romance.

Trabalho realizado por Francisco Antônio de Paula Gregório. Baseado no curso: Diversidade Textual – os gêneros na sala de aula. CEEL. Setembro/2012.  

RESUMO DE ALGUMAS OBRAS


ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL FRANCISCO SALES DE CARVALHO
Educar Para Construir um Futuro
   
RESUMO DO ROMANCE
Luzia-Homem

O livro Luzia-Homem, do autor Domingos Olímpio Braga Cavalcanti, da Série Bom Livro, Editado pela Editora Ática, contendo 165 páginas, é um romance regionalista, daí seu gênero textual.

Eis uma obra nordestina publicada em 1903 onde o autor mostra a beleza de Luzia, protagonista da obra, opondo-se ao horror da seca. Tão meramente encantando e despertando a paixão dos homens. O soldado Capriúna, vilão dessa história fará de tudo para possuí-la. Se a jovem não for dele, também não será de ninguém. Luzia, porém, é valente. Vem daí seu apelido. Esta é mais uma história de amor e ódio, de devoção e covardia, no sertão do Ceará, em 1878, é o que conta Domingos Olímpio nesse romance.

A trama inicia quando começa a construção da penitenciária de Sobral, cidade cearense que fica às margens do rio Acaraú. Na construção da cadeia havia trabalho para todos conforme a potencialidade apresentado por cada um. O francês Paul em uma de suas aventuras, em viagens pelo mundo acabou encalhando no Ceará, mas especificamente em Sobral, local onde se aglomerava muitos retirantes e trabalhadores em prol da construção da cadeia. Aproveitando o ensejo começou a fazer um documentário sobre a vida da população. É aí que ele descreve algumas características de Luzia pelo fato  dela ser operária da construção. Dizia ele: “Passou por mim uma mulher extraordinária, carregando uma parede na cabeça”. Era Luzia, conduzindo para a obra, arrumados numa tábua, cinquenta tijolos. Também admirava aquela mulher de aparência ruiva, com formas esbeltas e graciosas, como bela morena do Sertão Nordestino.

O soldado Capriúna que era mal-afamado entre os homens e muito acatado pelas mulheres, graças à correção do fardamento irrepreensível, os botões dourados, o cinturão e a baioneta polidos e reluzentes. Contavam histórias emotivas, aventuras galanteadoras, feitos de bravuras, façanhas de perseguição de criminosos célebres entre outras ações.

Luzia morava com sua mãe lá pelas bandas da Lagoa do Junco, numa casinha velha, sua mãe enferma, a boa, santa tia Zefa. O tal soldado começou a persegui-la pelo fato dela não corresponder seu amor. Até mesmo pela vizinhança e nas redondezas de sua casa ele passou a perseguir. Ela não tinha mais sossego, vivia desassossegada. Muitos da vizinhança gostavam dela, exceto aquelas que gostavam de fofocas, mas de vez em quando alguém a defendia das voracidades do soldado Capriúna. O amor do cabra era tão que as armadilhas para pegá-la se tornavam maior.

Um jovem rapaz muito conhecido dela e amigo se apaixonou por ela. Fez-lhe proposta de casamento, mas não o correspondeu, pelo fardo que ela tinha que levar por longo tempo, sua mãe, que era enferma. O soldado Capriúna com ciúme junto com Gabriela (esta era apaixonada pelo rapaz, só que ele não a queria, pois pensava em Luzia) armou uma cilada para o pobre Alexandre, acusando-o de roubar o armazém da cidade. Como não se provou sua inocência, levaram-no para a prisão. Teresinha e Luzia por serem amigas de verdade do jovem Alexandre, procuram averiguar quem realmente havia cometido o roubo. Para poder ajudá-lo. Luzia procurou até vender seus cabelos por dois mil-réis para um senhor que andava acompanhado por uma bela mulher. Esse dinheiro serveria para contratar um advogado e defendê-lo diante do tribunal.

A mãe de Luzia era cuidada por Teresinha, enquanto a filha ia trabalhar. A velha que era enferma, certa vez, se erguera sozinha, da rede; e aparece a porta com um pequeno cacete de cocão, envernizado. Teresinha ao vê-la se sentiu feliz.

Quando Teresinha e Luzia souberam do inocentamento de Alexandre aplaudiram, pois era um bom moço e não podia ser condenado por um crime que tinha não feito. Pelo fato do inverno ser castigante, Luzia vem na companhia de Teresinha para viver em Sobral, pelo menos a sobrevivência seria mais fácil. Mas por seu azar o soldado Capriúna a esperava e suas intenções não eram boas. Logo por que sua paixão por ela era doentia e a mesma nunca tinha o correspondido. Ele parte pra cima da moça e o agarra, ela também o agarra como se fossem dois leões ferozes. Teresinha pede que ele não ofenda a rapariga. Deixem que sigam seus caminhos. Mas devorando um ao outro, de vez em quando Luzia se valia de Alexandre e Raulino que eram seus amigos. Que os ajudassem. Luzia o arrancara um olho de Capriúna e o mesmo o rasgara suas roupas. E ele tentando beijá-la, ela cravou-lhe suas vestes dilaceradas no seu peito, foi quando ele vorazmente enfiou uma faca em seu seio e a mesma cai na grota morta. Depois chegou Raulino que ainda pôde dizer as palavras de unção aos moribundos:

__ Jesus!... Jesus!... Seja contigo! Jesus, Maria e José!... Alexandre de longe os vira, mas não tinha como ajudá-la, logo porque era distante e não chegaria a tempo. O mesmo apenas chorou a morte de sua estimada Luzia que agora ficaria na lembrança. Enquanto ao soldado Capriúna por sentir muita dor, pelo rosto está mutilado, caía e erguia-se de novo, até que rolando de pedra em pedra, se sumiu no precipício...

(Esta obra foi resumida por Francisco Antônio de Paula Gregório, em Fevereiro de 2010.)


Resumo do Romance "Vidas Secas"
© TVE - Romance de Graciliano Ramos

      
Vidas Secas

A obra começa com a fuga de uma família da trágica seca do sertão nordestino: Fabiano, o pai, Sinhá-Vitória, a mãe, os dois filhos e a cachorra Baleia. Fabiano é um vaqueiro, homem bruto que tem enorme dificuldade em articular palavras e pensamentos, que se sente um bicho e muitas vezes age como tal, grunhindo e se portando como um selvagem. Não tem aspirações e nem esperanças, do mesmo modo como não se tolera e não tolera o mundo em que vive. Sinhá-Vitória, sua esposa, se sai melhor em seus pensamentos e diálogos, apesar de restritos. Seu sonho é uma cama de couro, como a de um homem chamado Tomás da bolandeira. Essa personagem, que nunca aparece a não ser na memória das outras personagens, é também uma espécie de herói e modelo para Fabiano: culto, detentor de sabedoria, da arte da palavra e do pensamento, por isso mesmo admirado.

O menino mais novo parece não ter nome e nem uma forma comum de se comunicar. Sua única aspiração é ser como Fabiano. Nas mesmas situações está o filho mais velho, que só quer um amigo, conformando-se com a presença da cachorra Baleia. Esta, muitas vezes, parece ter um pensamento mais linear e humano que o resto da família, portando-se não só como um bicho, mas como um ente, uma companheira que ajuda Fabiano e sua gente a suportar as péssimas condições.

A história se desenvolve com o estabelecimento da família numa fazenda e a contratação de Fabiano como vaqueiro. Este, certa ocasião, vai até a venda comprar mantimentos e se põe a beber. Aparece um policial, chamado por Fabiano de Homem Amarelo, que o chama para jogar baralho com outros. O jogo acontece e, numa desavença com o Soldado Amarelo, Fabiano acaba sendo preso, maltratado e humilhado. Aumenta sua insatisfação com o mundo, com sua própria condição de homem bruto e selvagem do campo, e o desprezo de outras pessoas, encarnadas agora na figura do Soldado Amarelo.

Solto nosso herói, a vida segue na fazenda. Sinhá-Vitória começa a desconfiar do patrão, que parece roubar nas contas de Fabiano. Este se aborrece, mas não pode fazer nada. Não entende as complicadas contas que o patrão faz, e não sabe dialogar com ele. A festa de natal na cidade só serve para aumentar o descontentamento de Fabiano e sua família com o resto do mundo. Sentem-se diferentes, inferiores, desprezados e humilhados por milhares de "patrões" e "soldados amarelos". Baleia adoece e Fabiano e vê na árdua tarefa de sacrificá-la. Fere o pobre bicho com um tiro, mas não consegue matá-lo, já que este foge para longe. Baleia vem a falecer durante a noite, perto da casa, sonhando com um mundo cheio de lebres...

Sentindo-se cada vez mais lesado pelo patrão, Fabiano resolve argumentar contra esse, mas, sob ameaça de despejo, resolve deixar o assunto quieto, o que lhe causa uma indignação cada vez maior. Sua indignação com o mundo chega ao extremo quando encontra, na volta da venda após ter tomado alguns goles, o Soldado Amarelo, que estava perdido no mato. Fabiano percebe o seu medo e seu corpo franzino em relação ao seu, e tem a idéia de matá-lo, descontar toda a sua raiva e seu descontentamento. Sentindo-se, entretanto, fraco e impossibilitado, resolve deixar pra lá, ensinando o caminho de volta para a cidade ao soldado. Seu sentimento de revolta é agora intensificado pela impotência...

Como não bastasse, a seca atinge a fazenda e faz com que toda a família fuja novamente, só que esta vez para o sul, em busca da cidade grande, sem destino e sem esperança de vida.

Fonte: TVE - Rede Brasil - TV - BR


RESUMO DE "O SEMINARISTA", Bernardo Guimarães


“Eugênio era filho do capitão Francisco Antunes, fazendeiro de medianas posses. Trabalhador, bom e extremoso pai de família... sincero em seus negócios, partidista firme, e cidadão sempre pronto para os ônus públicos, nada lhe faltava para gozar da maior consideração e respeito entre os seus conterrâneos... tinha terras de sobejo para a pouca escravatura que possuía, e portanto dava morada em sua fazenda a diversos agregados, sem lhes exigir contribuição alguma, nem em serviço nem em dinheiro. Entre esses agregados ... D. Umbelina, que, com sua filha Margarida e uma velha escrava, ocupava a casinha que descrevemos no capítulo antecedente. <...> à beira da estrada, vendendo aguardente e quitandas aos viandantes, cultivando seu quintal, pensando suas vaquinhas, e da venda de frutas, hortaliças e leite sabia com sua diligência e economia tirar um sofrível rendimento.”
Esse é o drama do rapaz, Eugênio, que em sua infância nutre uma amizade com a menina Margarida, que com o passar do tempo se transforma numa grande paixão.
“Era uma bela tarde de janeiro. Dois meninos brincavam à sombra das paineiras: um rapazinho de doze a treze anos e uma menina, que parecia ser pouco mais nova do que ele. A menina era morena; de olhos grandes, negros e cheios de vivacidade, de corpo esbelto e flexível como o pendão da imbaúba. O rapaz era alvo, de cabelos castanhos, de olhar meigo e plácido e em sua fisionomia como em todo o seu ser transluziam indícios de uma índole pacata, doce e branda”.
Seu pai ao descobrir, indiferente aos seus sentimentos acaba com esse amor conduzindo-o para a vida religiosa (a carreira eclesiática). A duvida se instaura em sua cabeça, amar ou ser padre, termina seguindo obrigado para o mosteiro. Seu sofrimento é intenso, suas dúvidas eternas em sua mente tão frágil. Tenta esquecê-la se apegando ainada mais a religiosidade.
“Então, a turba dos seminaristas com suas batinas e barretes negros, divididos em quatro turmas segundo as idades - grandes, médios, submédios e meninos - despenhava-se fora das portas como uma nuvem de melros pretos a quem se abriu a entrada do viveiro, e se derramava pelo pátio, pelo quintal, pelo adro da capela e pelas colinas vizinhas, uns tagarelando”.
Termina por ser ordenado sacerdote da Igreja Católica. Concluído os estudos religiosos é hora de praticá-los e volta a sua cidade natal no sertão mineiro. Ao chegar encontra sua paixão à beira da morte. Terá que celebrar uma missa, mas a notícia vem antes – dá extrema unção a uma moribunda , Ao chegar lá descobre que é Margarida, ela está muito e conta que fora expulsa da fazenda – nunca tinha se casado - pelo seu pai, não pode procurá-lo mais, sua mãe agora era falecida, aquela narração colocou de novo as dúvidas do passado em sua cabeça, lembranças, uma enchurrada delas. A extrema unção. Não tem forças para fazê-lo, sua missão como sacerdote o força. Ele ao tocá-la, vai ao encontro da paixão que ganha forma de novo e eles não resistem aos impulsos e fazem amor pela primeira e última vez. Logo após, feliz por ter seu amor de novo, ele volta para se preparar para a missa – era sua primeira missa, mas recebe a terrível notícia que ela, seu eterno amor, veio a falecer. Perde o controle pois cabeça está envolta em dúvidas, entre ter quebrado seu voto de castidade e ter perdido sua amada e ainda ter que celebrar uma missa. Instantes antes de começar a missa, chamam-no de novo para encomendar a alma de um defunto, o defunto era a sua amada, Margarida. Aquilo era muito para aquele rapaz tão sofrido e ele enlouquece antes da missa devido ao dilema em sua frágil mente: a morte de sua amada e ter quebrado seu voto de castidade junto a Igreja Católica. Luicane
    
Resumo do livro As Viagens de Gulliver


Viagens de Gulliver


Primeira Viagem
Lemuel Gulliver era cirurgião em Londres. Diante do pouco movimento de pacientes em seu consultório o Dr. Gulliver decide aceitar o convite do Capitão Willian Prichard que seguia com seu navio rumo ao mar do Sul.
Na travessia para as índias Orientais uma violenta tempestade afunda o navio. Após muito nadar Gulliver, guiado pelo vento e pela maré, chega à praia e, por estar muito cansado, adormece.
Ao acordar tenta levantar-se e nota que seus braços e pernas estão amarrados. Ao ouvir um ruído confuso verifica que se trata de minúsculas criaturas humanas (pigmeus) do país de Liliput, que tentam atingi-lo com flechas. Por ordem do imperador de Liliput, Gulliver é levado à capital para então decidirem o que fazer com ele, visto que sua permanência naquele país traria muitos gastos em virtude do seu tamanho e sua morte causaria uma peste na metrópole e se arrastaria por todo o reino por causa do mau cheiro.
          Decidem que, por enquanto, todos os aldeões terão que colaborar com o seu sustento. Fazem um inventário de seus pertences e ficam perplexos diante do tamanho dos objetos, os quais desconheciam sua utilidade.
Logo, Gulliver, que era muito inteligente, começa a aprender a língua dos Liliputianos e aos poucos conquista a confiança dos habitantes. Em pouco tempo passa a ser amado por muitos e invejado por alguns como o Sr. Skyresk Bolgoham que tramava intrigas para afastá-lo do reino.
Após vários pedidos o rei concede-lhe a liberdade, mediante algumas coisas que teria que cumprir. Autoriza-o a conhecer a metrópole desde que não pise nas pessoas e nem danifique as casas. “O homem montanha”, como era chamado, é ordenado pelo rei a lutar contra os Blefuscu, povo que discordava dos Liliputianos quanto a forma de quebrar o ovo: se pela ponta mais fina ou pela mais grossa. Gulliver vence a Batalha e recebe um título honorífico. Al´m disso, também fica amigo do rei de Blefuscu.
           Novamente seus serviços são solicitados. Desta vez ele é chamado para apagar um incêndio nos aposentos da imperatriz. Gulliver apaga o fogo com jatos de sua urina, procedimento ilegal naquele país. O rei de Liliput é pressionado a matá-lo aos poucos de fome. Avisado por um amigo importante da corte, Gulliver foge para Blefuscu e lá é ajudado a retomar para Inglaterra.

Segunda Viagem
Dois meses após ter chegado a sua terra Natal, Gulliver embarca novamente em sua segunda viagem desta vez com destino a Surat.
            Devido a uma tempestade, é levado acidentalmente a ilha de ” Broddingnog, habitada por uma raça de gigantes. Assustado diante do tamanho dos gigantes teme ser engolido por eles. No entanto, Grilbrig, um lavrador, leva-o até a sua casa e, com a intenção de obter lucros e também para gabar-se, o exibe a todos o seu “achado”: um estranho animal que fala e imita todos os seus atos.
Para proteger seu “patrimônio”, Grilbrig não permite que ninguém o toque, a não ser sua filha Glumdalclitch, que cuidava de sua preservação e ensinava-lhe a língua nativa. Gulliver, nessa viagem, passa a ser chamado de GILDRIG.
O lavrador após lucrar muito com suas exibições e suspeitando que o estranho animalzinho estivesse muito doente decide vendê-lo a rainha, juntamente com sua filha, que era sua pajem. A rainha ordena que se faça uma caixa que pudesse servir de dormitório e tudo foi adaptado para que Gulliver se sentisse confortável. Gulliver se torna, aos poucos, companhia indispensável da rainha. Isso desperta a fúria de outra criatura que também pertencia a ela: um anão que constantemente atormentava Gulliver com suas maldades.
 O rei, em seus momentos de folga, passava horas conversando com Gulliver. Ele queria saber tudo sobre sua terra de origem, pois queria conhecer tudo o que merecesse ser imitado.
O pequeno contou detalhadamente sobre a constituição do parlamento inglês, os tribunais de Justiça, o critério de escolha de um novo nobre. E o rei conclui que “a grande maioria dos vossos semelhantes é representado pela mais perniciosa raça de pequenos e odiosos insetos, que a natureza já permitiu rastejassem na superfície da terra”.
As dimensões exageradas das pessoas, das feridas, dos insetos, das imundices, etc. o deixavam nauseado. Por isso, Gulliver começa a pensar numa maneira de retomar ao seu país e sua libertação ocorre no dia em que acompanhou o rei e a rainha numa viagem à costa do Sul do reino. Como sua pajem estava muito resfriada, Gulliver é levado por outro pajem para ver o mar. Então, o menino se distrai e uma enorme águia arrasta-o em direção a um rochedo. A ave deixa-o cair no mar e ele é encontrado por marinheiros da sua “espécie”, ou seja, que tinham proporções semelhantes a sua. Gulliver então é deixado em terra e ele retorna à sua casa.

Terceira Viagem
           A convite do Capitão William Robson, Gulliver embarca para uma viagem às índias Orientais como comandante de uma chalupa (Antigo navio à vela, cuja mastreação se compõe de gurupés e dois mastros: o de vante de lugre, e o de ré inteiriço, que enverga pequena vela latina quadrangular). Durante a viagem, é perseguido por dois navios de piratas que lhe roubaram a chalupa e lhe dão canoa para que ele consiga chegar em terra.
Depois de algum tempo, Gulliver chega a uma ilha formada por penhascos. Depois ser encontrado pelos habitantes, é levado ao palácio real por uma nave até a presença do Rei, que não entendendo sua língua, ordena que lhe ensinem a língua nativa.
Gulliver então aprende que o nome da ilha era Laputa “Ilha Volante ou Flutuante” e graças a sua inteligência em poucos dias adquiriu o conhecimento da língua. Os habitantes de Laputa viviam numa nave e eram conhecedores da lógica (Matemática) e da harmonia (música), não se interessando por nenhum outro ramo de conhecimento.
Gulliver pouco interessado nestas ciências pede permissão para visitar outra ilha e segue para Balnibardi. Em Lagada, metrópole de Balnibardi, Gulliver visita a academia local em que muitos cientistas tentavam aperfeiçoar seus projetos de remodelação de todas as artes, ciências, línguas e ofícios.
            Como esses projetos ainda não atingiram a perfeição, os habitantes estavam à mercê dos cientistas, com isso as casas estavam desmoronando, o campo miseravelmente arruinado e o povo sem roupa e sem comida. Menos o rei que se contentou em viver na maneira antiga, preferiu o bem estar do quê o progresso geral. Gulliver propõe alguns melhoramentos nos projetos os quais são aceitos e reconhecidos pelos cientistas.
            Cansado de morrar nesse lugar, Gulliver pensa em retornar a Inglaterra, mas a falta de um navio o faz visitar uma ilha chamada Glubboubdrib, que significa “Ilha dos feiticeiros ou mágicos”. Nessa ilha o governador tem poderes chamar dentre os mortos que bem quisesse e exigir-lhes os serviços por 24 horas (não mais). No começo Gulliver ficou assustado, mas logo se familiarizou com o ambiente e aproveitou para chamar os espíritos de muitas personalidades como Alexandre o Grande, César, Pompeu, Brito, Homero, Aristóteles, Descartes, Gassendi, com a intenção de esclarecer algumas dúvidas sobre as histórias antigas e modernas.
Depois de sua estada Glubboubdrib, segue viagem e tenta chegar ao Japão onde, de lá, regressaria à Inglaterra. Durante a vigem passa por Luggag, onde foi recebido com muita cordialidade. Fica sabendo da existência de uma raça chamada Struldbrugs (Imortais que viviam naquele país) e deseja ser um deles, mas quando soube das desvantagens, logo se arrepende e segue para o Japão e de lá embarca num navio com destino a Inglaterra.

Quarta Viagem
Cansado do ofício de médico de bordo, Gulliver aceita o convite para ser capitão do navio.
Em virtude da morte de diversos homens de seu navio, é obrigado a recrutar novos homens. Logo depois, é traído por eles e deixado em um bote alto mar. Depois de vagar a deriva por algum tempo, chega ao país dos Houyhnhnms, que era governado por cavalos, que procediam como criaturas racionais. Gulliver pensou estou louco.
Os cavalos ficaram interessados em saber de que parte ele vinha e como aprendeu imitar os Yahoos cruéis e desprezíveis animais irracionais daquele país, muito parecido fisicamente com os homens.
            Depois de aprender o idioma dos cavalos, Gulliver explica a eles porque foi parar naquele lugar: Então ele conta como foi traído por criaturas de seu país. Isto gera grande confusão entre os cavalos, pois eles não entendiam que pudesse haver falsidade ou mentira entre os irracionais, como eram considerados, porque eles não conheciam o “duvidar’ e o não “acreditar”.
Então o cavalo amo pede para que Gulliver descreva o país de onde viera. Gulliver fala-lhes sobre a questão da acusação e defesa, da importação de produtos como comida e bebida para satisfazer a ganância e a vaidade de muitos, das doenças físicas e psicológicas, de como são escolhidos os primeiros ministros e os ministros de estado e sobre os motivos que levam seu país guerrear.
Depois que ouvir atentamente o relato de Gulliver, o cavalo amo diz a Gulliver como era o comportamento dos Yahoos. Segundo ele, os Yahoos e os homens descritos por Gulliver se diferenciam apenas no vigor, na rapidez, no comprimento das garras, mas pela descrição que fez dos costumes e dos atos, julgou existir idêntica semelhança na disposição dos espíritos.
O cavalo amo relata também as virtudes dos Houyhnhnms uma delas é não ter amor fraterno, eles amam a espécie toda, controlam a natalidade, quando se casam escolhem as cores para não haver mistura de raças e as fêmeas recebem o mesmo tratamento dos machos. Fala também da Assembléia que é feita de 4 em 4 anos para saber do estado e as condições dos vários distritos; se precisam ou se sobram aveia, feno, vacas ou Yahoos.
Gulliver estava decidido a ficar neste país para sempre, mas foi realizada uma Assembléia geral para saber se os Yahoos deviam ser exterminados da face terra. E o cavalo amo aconselhou-o a ir embora em virtude de ele ter se tomado mais como um Houyhnhnms do que como um animal irracional, um Yahoo.
Ajudado por um Alazão, Gulliver constrói uma canoa e se despede de todos com muita dor e lágrimas. Depois, tenta morar em outra ilha, mas é expulso por seus nativos homens e mulheres completamente nus.
Algum tempo depoism é encontrado por marinheiros que o levaram, mesmo contra suavontade. O capitão do navio convenceu-o a voltar para sua terra. Ao chegar, sente desprezo pela família, face à comparação com os Yahoos e por estar desabituado do contato com este “animal”.

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Resumo do Livro “A Viuvinha”, de José de Alencar


A Viuvinha, obra romântica, publicada em 1860, por José de Alencar. Conta a história de dois jovens: Jorge e Carolina. Esta filha de gente simples, moça de muita candura. E ele, filho de um homem negociante, muito bem abastado.
Numa casinha de quatro janelas com um jardim na frente, morava uma menina que aí se conservava imóvel até seis horas, e depois se retirava ligeiramente, vinha pela portinha do jardim encontrar-se com um moço, que subia a ladeira e oferecia-lhe modestamente a fronte, onde pousava um beijo de amor tão casto, que parecia antes um beijo de pai. Jorge entrava pela cozinha simples e pequena, mas muito elegante. O jovem promete a Dona Maria que vai se casar com sua filha, este filho de um negociante rico que ao falecera, o deixa órfão em pouca idade; seu tutor, velho amigo de seu pai, o mesmo zelou por sua educação e sua fortuna, como homem inteligente e honrado que era.
O rapaz ao atingir a maturidade e completar seus estudos, passou a exercer autonomia plena para cuidar do patrimônio de seu pai, entretanto, acreditava que sua profissão, mais o dinheiro da venda desse patrimônio lhe confeririam uma vida tranquila, com menores preocupações e, assim, dele se desfez. Desde então começa a viver essas vidas de moço rico, e gasta todos os seus bens com mulheres e farras. Ele não era mais o mesmo homem: simples nos seus hábitos e na sua existência, ninguém diria, que algum tempo ele tinha gozado de todas as voluptuosidades do luxo; parecia um moço pobre e modesto, vivendo do seu próprio trabalho.
Depois de esbanjar tudo o que tinha, foi à casa de Carolina para lhe perguntar se ela ainda queria casar com ele. Ela que o amava muito aceitou, porque o que mais importava era o amor, riqueza e quaisquer outros bens era o de menos. Ambos se casam e vão para a noite de núpcias. A jovem sobe direto para o quarto enquanto Jorge ficou na sala pensando no que fizera quando era solteiro. A jovem recém-casada esperou tanto que acabou adormecendo. Quando chegou ao quarto a viu deitada e não quis incomodá-la, deu-lhe um sorriso, esse foi o seu beijo nupcial. Voltou a sala e pulou a janela, passou pela rua da Lapa, ao chegar no lugar destinado por ele, pegou uma arma e atirou-lhe no rosto para que ninguém o reconhecesse.
  Próximo dali, trabalhadores comuns ouvem tiros de pistola e seguem, curiosos, até o local. Deparam-se com um corpo desfigurado por dois tiros. No bolso da casaca do irreconhecível, uma carteira e dentro dela uma carta solicitando poupassem sua esposa e amigos participassem do horrível espetáculo, enterrando imediatamente o corpo contando com os recursos na carteira.
Mas o Sr. Almeida, que secretamente seguira Jorge até ao beco, vê o corpo e lamenta a tragédia.  A verdade é que Jorge não se suicidara. Voltaria alguns anos depois de uma viagem para os Estados Unidos, apresentando-se no Brasil, como um negociante e uma nova identidade: Carlos.           
Assim que chega ao Brasil, Carlos surpreende-se ao encontrar Carolina, agora conhecida como a “Viuvinha”, ainda de luto em sua memória. Observa-a discretamente, e pouco tempo depois, procura por seu Almeida para confessar sua verdadeira identidade e a intenção de pagar suas antigas dívidas, honrando assim o seu nome e o de seu pai. 
Enquanto salda as suas dívidas, permanece a observar a sua Carolina, incógnito. Corteja-a e é rejeitado. Finalmente decide escrever-lhe uma carta, solicitando um encontro.   Ele foi ao encontro de Carolina, ao vê-la pergunta se ainda o ama. A viuvinha o interroga perguntando se ele o conhece sua história. O rapaz afirma que é conhecedor de toda história. A moça diz que não pode amar mais ninguém. Carlos então decide contar toda sua história a ela. Abraça-a, beija-a e celebram o amor em sua primeira noite de núpcias. 
É, no entanto, necessário dar notícia à Dona Maria, mãe de Carolina, mas ela iria acreditar que Carlos era mesmo Jorge? O Sr. Almeida, homem respeitável, resolveu contar-lhe toda a verdade, mas embora a sua flagrante sinceridade, a mãe de Carolina não pôde acreditar, até que Carolina chama-a do quarto e ao seguir por um corredor, Maria vê, com indizível espanto, sua filha de braços dados com Jorge. Dona Maria desfalece. 
Assim, restabelecida a verdade, Jorge e Carolina vão viver numa fazenda nos arredores da cidade, longe da curiosidade inoportuna e indiscreta das pessoas, onde permanece Dona Carolina, já bastante idosa. O senhor Almeida, já idoso e desejoso de tranqüilidade, parte para a Europa, aonde irá conferir em testamento, todos os seus bens aos filhos do casal.

Resumo de Silmara Alves, Michele Silvestre e Fabiana Ferreira. O gênero romance. 9º Ano C. Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisco Sales de Carvalho. Realizado em 18/10/12.