Referente ao 3º Bimestre - 9º ano
EDUCAR
PARA CONSTRUIR UM FUTURO
ALUNO (A): __________________ DATA:
____/____/____ 9º ANO ______
PROF.: FRANCISCO ANTÔNIO TURNO: _________________________
PROVA
MENSAL DE PORTUGUÊS
(Agosto)
Leia
o texto abaixo e resolva as questões de 1 a 5.
A vida é difícil para todos nós. Saber
disso nos ajuda porque nos poupa da autopiedade. Ter pena de si mesmo é uma
viagem que não leva a lugar nenhum. A autopiedade, para ser justificada, nos toma
um tempo enorme na construção de
argumentos
e motivos para nos entristecermos com uma coisa absolutamente natural: nossas
dificuldades. Não vale a pena perder tempo se queixando dos obstáculos que têm
de ser superados para sobreviver e para crescer. É melhor ter pena dos outros e
tentar ajudar os que estão perto de você e precisam de uma mão amiga, de um
sorriso de
encorajamento,
de um abraço de conforto. Use sempre suas melhores qualidades para resolver problemas, que são: capacidade de amar, de
tolerar e de rir. Muitas pessoas vivem a se queixar de suas condições
desfavoráveis, culpando as circunstâncias
por
suas dificuldades ou fracassos. As pessoas que se dão bem no mundo são aquelas que saem em busca de condições
favoráveis e se não as encontram se esforçam por criá-las. Enquanto você acreditar
que a vida é um jogo de sorte vai perder sempre. A questão não é receber boas
cartas, mas usar bem as que lhe foram dadas.
(Dr. Luiz Alberto Py, in O Dia, 30/4/00)
01.
Segundo o texto, evitamos a autopiedade
quando:
a) aprendemos a nos comportar em sociedade.
b) nos dispomos a ajudar os outros.
c) passamos a ignorar o sofrimento.
d) percebemos que não somos os únicos a
sofrer.
02.
A autopiedade, segundo o autor:
a) é uma doença.
b) é problema psicológico.
c) destrói a pessoa.
d) não conduz a nada.
03.
A vida é comparada a um jogo em que a pessoa:
a) precisa de sorte.
b) deve saber jogar.
c) fica desorientada,
e) geralmente perde.
04.
A superação das dificuldades da vida leva:
a) à paz
b) à felicidade
c) ao equilíbrio
d) ao crescimento
05.
Para o autor:
a) não podemos vencer as dificuldades.
b) só temos dificuldades por causa da nossa
imprevidência.
c) não podemos fugir das dificuldades.
d) devemos amar as dificuldades.
Leia
o texto abaixo e, em seguida responda as questões de 6 a 10.
Retrato
de velho
Tem
horror a criança. Solenemente, faz queixa do bisneto, que lhe sumiu com a palha
de cigarro, para vingar-se de seus ralhos intempestivos. Menino é bicho ruim,
comenta. Ao chegar a avô, era terno e até meloso, mas a idade o torna coriáceo.
No
trocar de roupa, atira no chão as peças usadas. Alguém as recolhe à cesta, para
lavar. Ele suspeita que pretendem subtraí-las, vai à cesta, vasculha, retira o
que é seu, lava-o, passa-o. Mal, naturalmente.
–
Da próxima vez que ele vier, diz a nora, terei de fechar o registro, para
evitar que ele desperdice água.
Espanta-se
com os direitos concedidos às empregadas. Onde já se viu? Isso aqui é o paraíso
das criadas. A patroa acorda cedo para despertar a cozinheira. Ele se levanta
mais cedo ainda, e vai acordar a dona de casa:
–
Acorda, sua mandriona, o dia já clareou!
As
empregadas reagem contra a tirania, despedem-se. E sem empregadas, sua presença
ainda é mais terrível.
As
netas adolescentes recebem amigos. Um deles, o pintor, foi acometido de mal
súbito e teve de deitar-se na cama de uma das garotas. Indignação: Que
pouca-vergonha é essa? Esse bandalho aí conspurcando o leito de uma virgem? Ou
quem sabe se nem é mais virgem?
–
Vovô, o senhor é um monstro!
E
é um custo impedir que ele escaramuce o doente para fora de casa.
–
A senhora deixa suas filhas irem ao baile sozinhas com rapazes? Diga, a
senhor
deixa?
–
Não vão sozinhas, vão com os rapazes.
–
Pior ainda! Muito pior! A obrigação dos pais é acompanhar as filhas a tudo
quanto
é festa.
–
Papai, a gente nem pode entrar lá com as meninas. É coisa de brotos.
–
É, não é? Pois me dá depressa o chapéu para eu ir lá dizer poucas e boas!
Não
se sabe o que fazer dele. Que fim se pode dar a velhos implicantes? O jeito é
guardá-lo por três meses e deixá-lo ir para outra casa, brigado. Mais três
meses, e nova mudança, nas mesmas condições. O velho é duro:
–
Vocês me deixam esbodegado, vocês são insuportáveis! – queixa-se ao sair. Mas
volta.
–
Descobri que paciência é uma forma de amor – diz-me uma das filhas, sorrindo.
(Andrade,
Carlos Drummond de. Retrato de velho. In a bolsa & a vida. Rio de Janeiro,
1982. p. 207-209.)
06. Que tipo de narrador aparece nessa crônica e
em que pessoa a narrativa se
constrói?
___________________________________________________
07.
A personagem principal dessa crônica é
(A) o velho.
(C) o pai.
(B) o sogro. (D) o
bisneto.
08.
O tema dessa crônica é
(A)
mudança de tempo.
(C) a inquietação do avô.
(B)
recordação do passado.
(D) a queixa do bisneto.
09.
Qual é o tom da crônica?
_______________________________________
10.
Substitua as palavras destacadas nas orações, por outras de igual sentido,
retiradas do texto.
a) Ao chegar a avô, era
terno e até meloso, mas a idade o torna embrutecido.
____________________________________________________________
b) Esse cafajeste aí desonrando o leito de uma
virgem?
____________________________________________________________
c)
– Papai, a gente nem pode entrar lá com as meninas. É coisa de jovens.
____________________________________________________________
d)
– Vocês me deixam exausto,
vocês são insuportáveis!
____________________________________________________________
11.
De que forma o autor, Carlos Drummond de Andrade, faz o desfecho final da
crônica? ______________________________________________________
Observe
a charge abaixo.
12.
A charge, relativa ao governo de Fernando Henrique Cardoso, é uma crítica:
(A) ao
medo do descontrole inflacionário;
(B) à repressão policial sobre os cidadãos;
(C) ao processo de racionamento de energia;
(D) ao descaso governamental para com a população
carente;
As
questões de 13 a 18 referem-se às figuras de linguagem.
13.
Classifique as figuras destacadas abaixo, quanto ao número semântico.
a)
Antes de sair, tomamos um cálice de
licor. _________________________
b)
Amou daquela vez como se fosse
máquina. (Chico Buarque) ___________
c)
Aquele rapaz não é legal, ele subtraiu
dinheiro. _____________________
d)
A formiga disse para a cigarra: “Cantou...
agora dança!” _______________
No
texto abaixo, Bernardo Guimarães emprega diferentes figuras de linguagem.
Observe o fragmento:
“No sertão, ao cair da noite, todos
tratam de dormir, como os passarinhos. As trevas e o silêncio são sagrados ao
sono, que é o silêncio da alma.”
(l. 26-28)
14.
O trecho em destaque é uma figura de linguagem. Que figura é esta?
___________________________________________________________
15. Nos trechos:
“… nem um dos autores nacionais ou
nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major” e “… o
essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja” encontramos, respectivamente, as seguintes
figuras de linguagem:
(A) metonímia e
eufemismo.
(B) ironia e
hipérbole.
(C) metonímia e
prosopopeia.
(D) prosopopeia
e hipérbole.
16.
Observe o enunciado:
“E
enquanto todos pulavam no
salão, o dólar pulava no
câmbio. O verbo “pular” está empregado no primeiro caso no sentido denotativo;
no segundo, o sentido é figurado. Também a palavra “dólar” é usada no sentido
figurado. A figura de linguagem empregada no caso de “dólar” é:
(A) antítese,
porque, no enunciado, há ideias contrárias relacionadas aos seres
representados.
(B) eufemismo,
porque, no enunciado, há ideias diminuídas relacionadas aos seres
representados.
(C) prosopopeia,
porque, no enunciado, há a personificação dos seres representados.
(D) metonímia,
porque, no enunciado, há relações de contiguidade entre os seres representados.
17. Assinale a
alternativa em que se identifica a figura
de linguagem predominante no trecho:
“As
rodas dentadas da pobreza, ignorância, falte de esperança e baixa
autoestima se engrenam para criar um tipo de máquina do fracasso
perpétuo que esmigalha os sonhos de geração a geração. Nós todos pagamos
o preço de mantê-la funcionando. O analfabetismo é a sua cavilha”.
(A)
Eufemismo.
(B)
Antítese.
(C)
Metáfora.
(D)
Sinestesia.
18.
Construa uma frase com as seguintes figuras de linguagem:
a) Sinestesia.
___________________________________________________
b) Hipérbole.
___________________________________________________
c) Antítese. ____________________________________________________
d) Metonímia.
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Muito bom seu trabalho, professor!Valeu obrigada.
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