Apostila de Língua Portuguesa
ESTUDO DOS DESCRITORES: 1 e 2
DIAGNÓSTICO INICIAL
Leia o texto.
(D22 – Reconhecer efeitos de humor e ironia.)
01. O que torna o texto engraçado é
(A) a resposta de Helga ao visitante.
(B) o simples fato de Hagar está no trono.
(C) a
ambiguidade da palavra trono.
(D) a admiração do visitante pela posição de Hagar.
Leia o texto abaixo.
SEGUE O SECO
Carlinhos Brown
|
A boiada seca
Na enxurrada seca
A trovoada seca
Na enxada seca
Segue o seco sem sacar que o caminho é seco
sem sacar que o espinho é seco
sem sacar que o seco é o Ser Sol
E secará o seu destino seca
Ô chuva vem me dizer
Se posso ir lá em cima pra derramar você
Ó chuva preste atenção
Se o povo lá de cima vive na solidão
Se acabar não acostumando
Se acabar parado calado
Se acabar baixinho chorando
Se acabar meio abandonado
Pode ser lágrimas de São Pedro
Ou talvez um grande amor chorando
Pode ser o desabotoado céu
Pode ser coco derramado.
(D1 – Localizar informação
explícita.)
02. Nesse texto, o eu lírico se refere
(A) a seca
e o sofrimento que ela causa as pessoas.
(B) a ausência da chuva.
(C) aos danos causados ao homem.
(D) a saída do homem do campo.
(D2 – Inferir
informação em texto verbal)
03. Que palavra da letra da canção pode sintetizar o texto?
(A) sofrimento.
(C) solidão.
(B) chuva. (D) seca.
(D23 – Identificar
os níveis de linguagem e/ou as marcas linguísticas que evidenciam locutor e/ou
interlocutor.)
04. A certa altura da letra, o eu lírico se dirige a um
interlocutor que foi personificado e lhe fez um pedido. Quem é esse interlocutor?
(A) a água.
(C) o povo.
(B) a chuva. (D) a trovoada.
Leia este poema de Luís Fernando Veríssimo.
À CATA
Um homem cata a si mesmo. Catarina!
Cataloga-se. Como catarse. Catástrofes:
Lembra cata-ventos. Catatonia,
Cata-piolhos.
catarro,
Catapora.
catarata.
Cataplasmas. Ah, a
catarata.
E cataratas. E um dia,
pumba:
Ah, as cataratas. A catacumba.
Catapulta-se.
(D3 – Inferir o
sentido de palavra ou expressão.)
05. O significado da expressão que compõe o título do poema: Á cata, é
(A) movimento
rápido. (C)
movido pelo vento.
(B) objeto de sopro. (D) catalisador.
Leia o texto.
(D9 – Reconhecer o gênero discursivo.
06. O gênero desse texto é
(A)
propaganda.
(B) edital publicitário.
(C)
aviso.
(D)
convite.
Leia o trecho a seguir:
“Até o começo do século XIX, o pão, feito de farinha de trigo, era um luxo com
que poucos podiam arcar. ‘Pão e bolacha só apareciam à mesa nas casas-grandes
mais opulentas; nas outras era um luxo raro’, escreveu Gilberto Freire. Dessa
forma, com o correr do século, novas técnicas de plantio fizeram com que a
produção mundial de trigo aumentasse vertiginosamente, abastecendo os mercados
tradicionais na Europa e abrindo caminho para novos mercados ao redor do mundo
– em especial na América do Sul.” (Joana Monteleone – GASTRONOMIA)
(D5 – Identificar o
tema ou assunto de um texto.)
07. Sabendo que tema, título e argumentos são partes
diferentes em um texto, identifique qual opção abaixo representa o tema desse
texto.
(A) o aumento da produção mundial do trigo.
(B) pão e bolacha só
apareciam à mesa nas casas-grandes mais opulentas.
(C) gastronomia.
(D) o pão feito de farinha de trigo.
Leia os textos.
TEXTO I
Achei muito interessante e de bom gosto a edição Especial Mulher (Junho de 2007), principalmente a reportagem "10 coisas para ter antes de morrer". A revista novamente nos brindou com um excelente presente. Parabéns pelo trabalho. Marcos Cesar Mattedi, Eunápolis, BA.
TEXTO II
Interessante a edição especial Mulher, com reportagens esclarecedoras e atuais, mostrando, principalmente a quem viaja com frequência, novidades para comprar. Apenas achei as últimas páginas desnecessárias ("10 coisas para ter antes de morrer"). Poderia ter aproveitado melhor o espaço. Há tantas coisas que uma mulher contemporânea gostaria de saber e sobre as quais gostaria de ser informada. Rosicler Bondan, Novo Hamburgo, RS.
(D12 – Identificar
semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na
comparação entre textos.)
08. Sobre a reportagem “10 coisas para ter antes de
morrer”, esses textos apresentam opiniões
(A) complementares. (C)
idênticas.
(B) divergentes. (D)
incoerentes.
Leia o texto abaixo.
(D6 – Distinguir fato de opinião relativa ao fato.)
09. Para Manon Roland, a melhor forma de
lidar com a opinião pública é
(A) controlando-a. (C)
afrontando-a.
(B) julgando-a. (D)
temendo-a.
Leia o trecho a seguir.
“Desabrigado do Zinho Oliveira, o Águia
de Marabá terá mesmo de estrear pelo Campeonato Brasileiro da Série C em 2013
em Belém, jogando na Curuzu e no domingo, dia 2. O sonho da diretoria de mandar
a partida em Parauapebas foi por água abaixo, depois da burocracia para
conseguir a emissão dos laudos obrigatórios. O clube tentou, ainda, os estádios
de Imperatriz (MA) e de Paragominas (PA), nesta ordem, mas nenhum tinha os
laudos exigidos pelo Estatuto do Torcedor. Pela lei, a praça deve estar
liberada dez dias antes de receber jogos”. (JORNAL O CORREIO DO TOCANTINS)
(D6
– Distinguir fato de opinião relativa ao fato.)
10. Nesse texto, o seguinte enunciado é
fato e não opinião.
(A) “Desabrigado
do Zinho Oliveira”
(B) “O
sonho da diretoria de mandar a partida em Parauapebas”.
(C) “foi
por água abaixo”.
(D) “O clube tentou, ainda, os estádios de Imperatriz (MA) e de
Paragominas
(PA), nesta ordem”.
(PA), nesta ordem”.
Leia
o texto abaixo.
A
FOTO
Foi
numa festa de família, dessas de fim de ano. Já que o bisavô estava morre não
morre, decidiram tirar uma fotografia de toda a família reunida, talvez pela
última vez. A bisa e o bisa sentados, filhos, filhas, noras, genros e netos em
volta, bisnetos na frente, esparramados pelo chão. Castelo, o dono da câmara,
comandou a pose, depois tirou o olho do visor e ofereceu a câmara a quem ia
tirar a fotografia. Mas quem ia tirar a fotografia?
-
Tira você mesmo, ué.
-
Ah, é? E eu não saio na foto?
O
Castelo era o genro mais velho. O primeiro genro. O que sustentava os velhos.
Tinha que estar na fotografia.
-
Tiro eu - disse o marido da Bitinha. - Você fica aqui - comandou a Bitinha. Havia
uma certa resistência ao marido da Bitinha na família. A Bitinha, orgulhosa,
insistia para que o marido reagisse. "Não deixa eles te humilharem, Mário
Cesar", dizia sempre. O Mário Cesar ficou firme onde estava, do lado da
mulher. A própria Bitinha fez a sugestão maldosa:
-
Acho que quem deve tirar é o Dudu...
O
Dudu era o filho mais novo de Andradina, uma das noras, casada com o Luiz
Olavo. Havia a suspeita, nunca claramente anunciada, de que não fosse filho do
Luiz Olavo.
O
Dudu se prontificou a tirar a fotografia, mas a Andradina segurou o filho.
-
Só faltava essa, o Dudu não sair. E agora?
-
Pô, Castelo. Você disse que essa câmara só faltava falar. E não tem nem timer!
O
Castelo impávido. Tinham ciúmes dele. Porque ele tinha um Santana do ano.
Porque comprara a câmara num duty free da Europa. Aliás, o apelido dele entre
os outros era "Dutifri", mas ele não sabia.
-
Revezamento - sugeriu alguém. - Cada genro bate uma foto em que ele não aparece,
e...
A
ideia foi sepultada em protestos. Tinha que ser toda a família reunida em volta
da bisa. Foi quando o próprio bisa se ergueu, caminhou decididamente até o
Castelo e arrancou a câmara da sua mão. - Dá aqui.
-
Mas seu Domício... - Vai pra lá e fica quieto.
-
Papai, o senhor tem que sair na foto. Senão não tem sentido! - Eu fico
implícito
- disse o velho, já com o olho no visor. E antes que houvesse mais protestos,
acionou a câmara, tirou a foto e foi dormir.
Luís Fernando Veríssimo. Comédias para
se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 37-38.
(D19 – Reconhecer o
efeito de sentido decorrente da escolha de palavras,
frases ou
expressões.)
11. A repetição da palavra FOTOGRAFIA ao longo do texto é um recurso
utilizado
para enfatizar
(A) a emoção de registrar a última foto da família reunida.
(B) a excessiva importância que todos vão
atribuindo à foto.
(C) a insistência do bisavô para que tirasse logo
a foto.
(D) a má vontade do bisavô, que não desejava sair
na foto.
(D20 – Identificar o
efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.)
12.
As reticências utilizadas na frase de Castelo: “Mas seu Domício ...” sugere que o bisavô
(A) acabava de encontrar uma solução.
(B) fazia questão de sair nesta foto.
(C) não abria mão de sair nesta foto.
(D) não saberia tirar fotografia.
Leia o texto.
AUMENTAM CASOS DE
VIROSE MISTERIOSA
Duas pessoas já morreram e dezenas estão
apresentando os mesmos sintomas de uma virose provavelmente relacionada à
Salmonela Paratify, em Santarém, no este do Pará. O número de atendimentos no
pronto-socorro municipal triplicou nos últimos dias. Mais de dois mil casos
foram registrados desde janeiro. (Jornal
do Brasil, Rio de Janeiro, p. A4, 8 abr. 2003. Adaptação.)
(D10
– Identificar o propósito comunicativo em diferentes gêneros.)
13. A finalidade
desse texto é
(A) ensinar como se
proteger do vírus.
(B) divulgar a
escassez de vacinas.
(C) informar os
locais de atendimentos.
(D) noticiar a
proliferação de um vírus.
Leia o texto abaixo.
TREM
DAS ONZE
Não posso ficar nem mais um minuto com você
Sinto muito amor, mas não pode ser
Moro em Jaçanã
Se
eu perder esse trem
Que sai agora às onze horas
Só amanhã de manhã
Além disso, mulher
Tem outra coisa
Minha mãe não dorme
Enquanto eu não chegar
Sou filho único
Tenho minha casa para olhar
E eu não posso ficar
Adoniran Barbosa
(D15 – Identificar a tese de um texto.)
14. Ao longo da música, o autor lista
uma série de argumentos para sustentar uma determinada tese, essa tese
refere-se
(A) ao fato de não poder ficar nem mais
um minuto com a namorada.
(B) ao fato de o trem sair às 11 horas.
(C) ao fato de ter de dormir fora de
casa.
(D) ao fato de a mãe do rapaz não dormir
enquanto ele não chegar.
(D16 – Estabelecer relação entre tese e os
argumentos oferecidos para sustentá-la.)
15. Das
alternativas abaixo, qual apresenta um argumento utilizado pelo autor da música
(A)
ele mora em uma cidade vizinha.
(B)
o trem só passa uma vez por dia.
(C)
ele precisa chegar em casa para que sua mãe durma.
(D)
ele não tem pai e precisa olhar a casa.
(D17 – Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas
por conjunções, advérbios, etc.)
16.
No texto as palavras grifadas representam respectivamente
(A)
pronome, condição, verbo, advérbio.
(B)
pronome oblíquo, verbo, advérbio, condição.
(C)
verbo, advérbio, conjunção coordenativa, pronome.
(D) pronome pessoal,
conjunção coordenativa, advérbio, verbo.
Leia o
texto abaixo.
CONSELHO DE UM VELHO APAIXONADO
Quando encontrar alguém e esse alguém fizer
seu coração parar de funcionar por alguns segundos,
preste atenção: pode ser a pessoa
mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,
houver o mesmo brilho intenso entre eles,
fique alerta: pode ser a pessoa que você está
esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo
for apaixonante, e os olhos se encherem
d'água neste momento, perceba:
existe algo mágico entre vocês.
Se o 1º e o último pensamento do seu dia
for essa pessoa, se a vontade de ficar
juntos chegar a apertar o coração, agradeça:
Algo do céu te mandou
um presente divino : O AMOR.
Se um dia tiverem que pedir perdão um
ao outro por algum motivo e, em troca,
receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos
e os gestos valerem mais que mil palavras,
entregue-se: vocês
foram feitos um pro outro...
Carlos Drummond de Andrade
(D14
– Reconhecer as relações entre partes de um texto, identificando os
recursos
coesivos que contribuem para sua continuidade.)
17. No trecho: “Se um dia tiverem que pedir perdão um ao outro por algum motivo e, em
troca, receber um abraço, um sorriso, um afago
nos cabelos”;
o termo em destaque pode ser trocado por
(A)
apoio.
(B)
carinho.
(C)
gentileza.
(D)
elegância.
(D7 – Diferenciar a
informação principal das secundárias em um texto.)
18. A
informação principal desse texto é representada por um provérbio, qual?
(A) “se conselho fosse
bom ninguém dava, vendia.”
(B)
“fazer o bem, sem olhar a quem.”
(C) “amar ao próximo
como a si mesmo.”
(D) “aqui
se faz, aqui se paga.”
Leia o texto abaixo.
(D4 – Interpretar textos não verbais e
textos que articulam elementos verbais e não verbais.)
19. Seguindo a sequência dos quadrinhos, percebe-se
que Mafalda
(A) começou a rir após ler a significação da palavra democracia.
(B) exagera na risada por não entender o
significado da palavra.
(C) causou nos pais tamanha preocupação.
(D) foi tão irônica ao ler a significação que
não parou de rir.
Leia
os textos.
TEXTO I
Cinquenta camundongos, alguns dos quais clones
de clones, derrubaram os obstáculos técnicos à clonagem. Eles foram produzidos
por dois cientistas da Universidade do Havaí num estudo considerado
revolucionário pela revista britânica "Nature", uma das mais
importantes do mundo. (...)
A
notícia de que cientistas da Universidade do Havaí desenvolveram uma técnica
eficiente de clonagem fez muitos pesquisadores temerem o uso do método para
clonar seres humanos. O Globo. Caderno Ciências e Vida. 23 jul. 1998, p. 36.
TEXTO II
Cientistas dos EUA anunciaram a clonagem de 50
ratos a partir de células de animais adultos, inclusive de alguns já clonados.
Seriam os primeiros clones de clones, segundo estudos publicados na edição de
hoje da revista "Nature".
A
técnica empregada na pesquisa teria um aproveitamento de embriões — da
fertilização ao nascimento — três vezes maior que a técnica utilizada por
pesquisadores britânicos para gerar a ovelha Dolly. Folha de S.Paulo. 1º caderno - Mundo. 03
jul. 1998, p. 16.
(D13 – Reconhecer diferentes formas de
tratar uma informação na comparação de textos de um mesmo tema.)
20. Os dois textos tratam de clonagem. Qual
aspecto dessa questão é tratado apenas no texto I?
(A) a divulgação da clonagem de 50 ratos.
(B) a referência à eficácia da nova
técnica de clonagem.
(C) o temor de que seres humanos sejam
clonados.
(D) a informação acerca dos pesquisadores
envolvidos no experimento.
Leia
o texto abaixo.
O caos deu novo sinal de vida nos aeroportos
brasileiros na semana passada. Os passageiros que embarcaram em São Paulo e no
Rio de Janeiro enfrentaram filas, cancelamentos de voos e atrasos de até 24
horas. Tudo indica que, ao contrário das
vezes anteriores, a principal causa da confusão foram as fortes chuvas que
atingiram a Região Sudeste do país. O mau tempo tem contribuído para o caos
aéreo. (Revista Veja, n. 2032, 31 out. 2007, p. 60).
(D8 – Estabelecer
relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.)
21. O trecho que indica uma
consequência é
(A) “Os passageiros que
embarcaram em São Paulo e no Rio de Janeiro enfrentaram filas, cancelamentos de
voos e atrasos de até 24 horas.”
(B) “O caos deu novo
sinal de vida nos aeroportos brasileiros na semana passada.”
(C) “Tudo indica que, ao
contrário das vezes anteriores, a principal causa da confusão foram as
fortes chuvas que atingiram a Região Sudeste do país.”
fortes chuvas que atingiram a Região Sudeste do país.”
(D) “O mau tempo tem
contribuído para o caos aéreo.”
GABARITO DO DIAGNÓSTICO
Nº
|
DESCR.
|
PESO
|
A
|
B
|
C
|
D
|
01.
|
D22
|
0,5
|
x
|
|||
02.
|
D1
|
0,25
|
x
|
|||
03.
|
D2
|
0,5
|
x
|
|||
04.
|
D23
|
0,5
|
x
|
|||
05.
|
D3
|
0,5
|
x
|
|||
06.
|
D9
|
0,5
|
x
|
|||
07,
|
D5
|
0,75
|
x
|
|||
08.
|
D12
|
0,75
|
x
|
|||
09.
|
D6
|
0,25
|
x
|
|||
10.
|
D6
|
0,5
|
x
|
|||
11.
|
D19
|
0,25
|
x
|
|||
12.
|
D20
|
0,25
|
x
|
|||
13.
|
D10
|
0,5
|
x
|
|||
14.
|
D15
|
0,5
|
x
|
|||
15.
|
D16
|
0,5
|
x
|
|||
16.
|
D17
|
0,75
|
x
|
|||
17.
|
D14
|
0,25
|
x
|
|||
18.
|
D7
|
0,25
|
x
|
|||
19.
|
D4
|
0,5
|
x
|
|||
20.
|
D13
|
0,75
|
x
|
|||
21.
|
D8
|
0,5
|
x
|
ESTUDO DOS DESCRITORES: 1 e 2
(D1 - Localizar informação explícita. D2 -
Inferir informação em texto verbal.)
Leia
o texto abaixo.
NAMORO
Melhor do
namoro, claro, é o ridículo. Vocês dois no telefone:
— Desliga você.
— Não, desliga você.
— Você.
— Você.
— Então vamos desligar juntos.
— Tá. Conta até três.
— Um... Dois... Dois e meio...
Ridículo agora, porque na hora não era não. Na
hora nem os apelidos secretos que vocês tinham um para o outro, lembra?, eram
ridículos. Ronron. Suzuca. Alcizanzão. Surusuzuca. Gongonha. (Gongonha!)
Mamosa. Purupupuca...
Não havia coisa melhor do que passar tardes
inteiras num sofá, olho no olho, dizendo:
— As dondozeira ama os dondozeiro?
— Ama.
— Mas os dondozeiro ama as dondozeira mais do
que as dondozeira ama os dondozeiro.
— Na-na-não. As dondozeira ama os dondozeiro
mais do que etc.
E, entremeando o diálogo, longos beijos,
profundos beijos, beijos mais do que de língua, beijos de amígdalas, beijos
catetéricos.
Tardes inteiras. Confesse: ridículo só porque nunca mais.
Depois do ridículo, o melhor do namoro são as
brigas. Quem diz que nunca, como quem não quer nada, arquitetou um encontro
casual com a ex ou o ex só para ver se ela ou ele está com alguém, ou para
fingir que não vê, ou para ver e ignorar, ou
para dar um
abano amistoso querendo dizer que ela ou ele agora significa tão pouco que
podem até ser amigos, está mentindo. Ah, está mentindo.
E melhor do que as brigas são as
reconciliações. Beijos ainda mais profundos, apelidos ainda mais lamentáveis,
vistos de longe. A gente brigava mesmo era para se reconciliar depois, lembra?
Oito entre dez namorados transam pela primeira
vez fazendo as pazes. Não estou inventando. O IBGE tem as estatísticas. (VERÍSSIMO, Luís Fernando.
Correio Braziliense. 13/06/1999.)
01. No texto, considera-se que o melhor do
namoro é o ridículo associado
(A) às brigas por amor. (C) às
reconciliações felizes.
(B) às mentiras inocentes. (D) aos apelidos
carinhosos.
Leia o texto.
A INVENÇÃO DO FUTEBOL
Antes, muito antes
Até que um dia
do futebol, o mão furada
inventaram a bola. dos mãos furadas
Podia ser bolou de devolver
uma cebola a bola com o pé.
ou qualquer Foi uma surpresa,
coisa que rola. uma sensação,
A diversão era passar a bola a invenção do primeiro boleiro.
de mão em mão. Mais tarde,
Mas sempre tinha os que não abriram mão
um mão-furada, de jogar com a mão
quer era motivo viraram goleiros.
de gozação.
SILVESTRIN, Ricardo. É tudo invenção. São Paulo:
Ática, 2003.
02. Antes do futebol, a bola poderia ser uma
(A) cebola.
(C) invenção.
(B) gozação. (D) surpresa.
Leia o texto a seguir.
A NAMORADA
Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos
galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos
galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.
BARROS, Manoel. Tratado geral das grandezas do ínfimo. Rio de Janeiro: Record, 2001
03. O poeta mandava recados à sua namorada
por meio de
(A) pedra pichada. (C) bilhete.
(B) e-mail. (D)
carta.
Leia o texto abaixo.
OS DEGRAUS
Não desças os
degraus do sonho 04. Segundo o
texto, o eu lírico faz
Para não despertar
os monstros. referência
Não subas aos sótãos
- onde (A) aos
monstros do nosso mundo.
Os deuses, por trás
das suas máscaras, (B) aos enigmas
dos deuses.
Ocultam o próprio
enigma. (C) aos
mistérios da vida.
Não desças, não
subas, fica. (D) a
um mundo louco.
O mistério está é na
tua vida!
E é um sonho louco
este nosso mundo...
Mario Quintana
Leia
o texto abaixo.
NAMORO
Melhor do
namoro, claro, é o ridículo. Vocês dois no telefone:
— Desliga você.
— Não, desliga você.
— Você.
— Você.
— Então vamos desligar juntos.
— Tá. Conta até três.
— Um... Dois... Dois e meio...
Ridículo agora, porque na hora não era não. Na
hora nem os apelidos secretos que vocês tinham um para o outro, lembra?, eram
ridículos. Ronron. Suzuca. Alcizanzão. Surusuzuca. Gongonha. (Gongonha!)
Mamosa. Purupupuca...
Não havia coisa melhor do que passar tardes
inteiras num sofá, olho no olho, dizendo:
— As dondozeira ama os dondozeiro?
— Ama.
— Mas os dondozeiro ama as dondozeira mais do
que as dondozeira ama os dondozeiro.
— Na-na-não. As dondozeira ama os dondozeiro
mais do que etc.
E, entremeando o diálogo, longos beijos,
profundos beijos, beijos mais do que de língua, beijos de amígdalas, beijos
catetéricos. Tardes inteiras. Confesse: ridículo só porque nunca mais.
Depois do ridículo, o melhor do namoro são as
brigas. Quem diz que nunca, como quem não quer nada, arquitetou um encontro
casual com a ex ou o ex só para ver se ela ou ele está com alguém, ou para
fingir que não vê, ou para ver e ignorar, ou para dar um abano amistoso
querendo dizer que ela ou ele agora significa tão pouco que podem até ser
amigos, está mentindo. Ah, está mentindo.
E melhor do que as brigas são as
reconciliações. Beijos ainda mais profundos, apelidos ainda mais lamentáveis,
vistos de longe. A gente brigava mesmo era para se reconciliar depois, lembra?
Oito entre dez namorados transam pela primeira
vez fazendo as pazes. Não estou inventando. O IBGE tem as estatísticas. (VERÍSSIMO, Luís Fernando.
Correio Braziliense. 13/06/1999.)
05. De acordo com o autor, infere-se do
texto o seguinte fato
(A) O melhor da relação são os conflitos, porque após geram
as reconciliações.
(B) O namoro ridiculariza o casal.
(C) O ridículo é o que torna o namoro uma
fase vulnerável.
(D) Os casais discutem, a fim de que sejam
acariciados.
Leia o texto abaixo.
PORQUINHO-DA-ÍNDIA
Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria
estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos
mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do
fogão.
Não fazia caso nenhum das
minhas ternurinhas...
- O meu porquinho-da-índia foi
minha primeira namorada.
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de
Janeiro, José Olympio, 1986.
06. Na frase “Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas”,
o menino quer dizer que o porquinho
(A) não gostava dele.
(B) não ligava para as suas delicadezas.
(C) só queria ficar na sala.
(D) gostava de lugares bonitos e limpinhos.
Leia
o texto a seguir.
O
CÃO E O OSSO
Autor desconhecido
Um dia, um cão, carregando um osso na
boca, ia atravessando uma ponte. Olhando para baixo, viu sua própria imagem
refletida na água. Pensando ver outro cão, cobiçou-lhe logo o osso que este
tinha na boca, e pôs-se a latir. Mal, porém, abriu a boca, seu próprio osso
caiu na água e perdeu-se para sempre.
07.
De acordo com o texto, qual dos provérbios abaixo sintetiza a ideia do texto?
(A) “Mais vale um pássaro na mão do que dois
voando!”
(B) “Mais vale um vizinho próximo do que um irmão
distante.”
(C) "A quem sabe esperar o tempo abre as
portas."
(D) "Bondade em balde é devolvida em
barril."
Leia o texto.
CANGURU
Todo mundo sabe (será?) que canguru vem de uma
língua nativa australiana e quer dizer “Eu Não Sei”. Segundo a lenda, o Capitão
Cook, explorador da Austrália, ao ver aquele estranho animal dando saltos de
mais de dois metros de altura, perguntou a um nativo como se chamava o dito. O
nativo respondeu guugu yimidhirr, em língua local, Gan-guruu, “Eu não sei”.
Desconfiado que sou dessas divertidas origens, pesquisei em alguns dicionários
etimológicos. Em nenhum dicionário se fala nisso. Só no Aurélio, nossa pequena
Bíblia – numa outra versão dicionário se fala nisso. Só no Aurélio, nossa
pequena Bíblia – numa outra versão. Definição precisa encontrei, como quase
sempre, em Partridge:
Kangarroo; wallaby.
As palavras kanga e walla, significando saltar e pular, são acompanhadas
pelos sufixos rôo e by, dois sons aborígines da Austrália, significando
quadrúpedes.
Portanto quadrúpedes puladores e quadrúpedes saltadores.
Quando comuniquei a descoberta a Paulo Rónai, notável lingüista e grande
amigo de Aurélio Buarque de Holanda, Paulo gostou de saber da origem “real” do
nome canguru. Mas acrescentou: “Que pena. A outra versão é muito mais
bonitinha”. Também acho.
08. Pode-se inferir do texto que
(A) as descobertas científicas têm de ser
comunicadas aos linguistas.
(B) os dicionários etimológicos guardam a
origem das palavras.
(C) os cangurus são quadrúpedes de dois
tipos: puladores e saltadores.
(D) o dicionário Aurélio apresenta
tendência religiosa.
Leia o texto abaixo.
BRINQUEDOS INCENDIADOS
Uma noite houve um incêndio num bazar. E no fogo total desapareceram
consumidos os seus brinquedos. Nós, crianças, conhecíamos aqueles brinquedos um
por um, de tanto mirá-los nos mostruários – uns, pendentes de longos barbantes;
outros, apenas entrevistos em suas caixas. Ah! Maravilhosas bonecas louras, de
chapéus de seda! Pianos cujos sons cheiravam a metal e verniz! Carneirinhos
lanudos, de guizo ao pescoço! Piões zumbidores! – e uns bondes com algumas
letras escritas ao contrário, coisa que muito nos seduzia – filhotes que
éramos, então, de M. Jordain, fazendo a nossa poesia concreta antes do tempo.
(...)
O incêndio, porém, levou tudo. O bazar ficou sendo um fumoso galpão de
cinzas. Felizmente, ninguém tinha morrido – diziam em redor. Como não tinha
morrido ninguém? , pensavam as crianças. Tinha morrido o mundo e, dentro dele,
os olhos amorosos das crianças, ali deixados.
E começávamos a pressentir que viriam outros incêndios. Em outras
idades. De outros brinquedos. Até que um dia também desaparecêssemos sem
socorro, nós brinquedos que somos, talvez de anjos distantes!
A
crônica que reproduzimos abaixo é da autoria de Cecília Meireles. Para maiores
informações sobre a autora, favor acessar: http://www.releituras.com/cmeireles_bio.asp.
09.
Os outros incêndios a que a autora infere no último parágrafo do texto, podem
ser compreendidos como
(A)
descobertas que se fariam ao longo da vida.
(B)
perdas e decepções que ocorreriam ao longo da vida.
(C)
acidente com fogo em estabelecimentos comerciais e residenciais.
(D)
violentas transformações na cidade em que morava.
RESPOSTAS
01- C; 02- A; 03- C; 04- D; 05- A; 06- B; 07- A; 08- B; 09- B.
ESTUDO
DOS DESCRITORES: 3 e 4
(D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão. D4 – Interpretar textos não verbais e
textos que articulam elementos verbais e não verbais.)
Leia o texto.
PELADAS
Esta pracinha sem aquela pelada virou uma chatice
completa: agora, é uma babá que passa, empurrando, sem afeto, um bebê de
carrinho, é um par de velhos que troca silêncios num banco sem encosto.
E, no entanto, ainda ontem, isso aqui fervia de
menino, de sol, de bola, de sonho: "eu jogo na linha! eu sou o Lula!; no
gol, eu não jogo, tô com o joelho ralado de ontem; vou ficar aqui atrás: entrou
aqui, já sabe." Uma gritaria, todo mundo se escalando, todo mundo querendo
tirar o selo da bola, bendito fruto de uma suada vaquinha.
Oito de cada lado e, para não confundir, um time
fica como está; o outro jogo sem camisa.
Já reparei uma coisa: bola de futebol, seja nova,
seja velha, é um ser muito compreensivo que dança conforme a música: se está no
Maracanã, numa decisão de título, ela rola e quiçá com um ar dramático,
mantendo sempre a mesma pose adulta, esteja nos pés de Gérson ou nas mãos de um
gandula.
Em compensação, num racha de menino ninguém é mais
sapeca: ela corre para cá, corre para lá, quiçá no meio-fio, para de estalo no
canteiro, lambe a canela de um, deixa-se espremer entre mil canelas, depois
escapa, rolando, doida, pela calçada. Parece um bichinho.
Aqui, nessa pelada inocente é que se pode sentir a
pureza de uma bola. Afinal, trata-se de uma bola profissional, um número cinco,
cheia de carimbos ilustres: "Copa Rio-Oficial", "FIFA -
Especial." Uma bola assim, toda de branco, coberta de condecorações por
todos os gomos (gomos hexagonais!) jamais seria barrada em recepção do
Itamarati.
No entanto, aí está ela, correndo para cima e para
baixo, na maior farra do mundo, disputada, maltratada até, pois, de quando em
quando, acertam-lhe um bico, ela sai zarolha, vendo estrelas, coitadinha.
Racha é assim mesmo: tem bico, mas tem também
sem-pulo de craque como aquele do Tona, que empatou a pelada e que lava a alma
de qualquer bola. Uma pintura.
Nova saída.
Entra na praça batendo palmas como quem enxota
galinha no quintal. É um velho com cara de guarda-livros que, sem pedir
licença, invade o universo infantil de uma pelada e vai expulsando todo mundo.
Num instante, o campo está vazio, o mundo está vazio. Não deu tempo nem de
desfazer as traves feitas de camisas.
O espantalho-gente pega a bola, viva, ainda, tira
do bolso um canivete e dá-lhe a primeira espetada. No segundo golpe, a bola
começa a sangrar.
Em cada gomo o coração
de uma criança.
Armando Nogueira. Do
livro "Os melhores da crônica brasileira", José Olympio Editora - Rio
de Janeiro, 1977, pág. 29, extraímos o texto acima.
01.
(D1)
De acordo com a leitura do texto, o autor no primeiro parágrafo deixa subentender que
(A) a ausência da pelada deixou a praça desinteressante.
(B) a pelada é um tipo de futebol em um campo sem
grama.
(C) a pelada era a única diversão da praça.
(D) era uma brincadeira de meninos.
02.
No trecho “... de quando em quando, acertam-lhe um bico, ela sai ZAROLHA, vendo estrelas, coitadinha.”
O sentido da palavra em destaque no texto é
(A) zanolha. (C) molhada.
(B) atravessada. (D) recurvada.
03.
No trecho “Uma gritaria, todo mundo se escalando, todo mundo
querendo tirar o selo da bola, bendito FRUTO DE UMA SUADA VAQUINHA.” A expressão em
destaque significa
(A) dinheiro juntado por um
grupo de amigos.
(B) dinheiro
adquirido pela venda de um derivado da vaca.
(C) expressão
conhecida a partir do século 20.
(D) conseguir
dinheiro para algo.
Leia o texto abaixo.
04.
A conversa entre Mafalda e seus amigos
(A) revela a real dificuldade de entendimento entre posições que
pareciam convergir.
(B) desvaloriza a diversidade social e cultural e a
capacidade de entendimento
e respeito entre as pessoas.
e respeito entre as pessoas.
(C) expressa o predomínio de uma forma de pensar e
a possibilidade de
entendimento entre posições divergentes.
entendimento entre posições divergentes.
(D) ilustra a possibilidade de entendimento e de
respeito entre as pessoas
a partir do debate político de ideias.
a partir do debate político de ideias.
Leia o texto a seguir.
05. De acordo
com a leitura imagética, deixa a entender que
(A) através da leitura se conhece o mundo sem sair de casa.
(B) falta
moradia para muitas pessoas nas grandes metrópoles.
(C) através
do conhecimento o homem constrói as cidades.
(D) a leitura
é importante, sem ela o homem não vive.
Leia o texto abaixo.
O DISFARCE DOS BICHOS
Você já tentou pegar um galhinho seco
e ele virou bicho, abriu asas e voou? Se isso aconteceu é porque o graveto era
um inseto conhecido como? bicho-pau?. Ele é tão parecido com o galhinho, que
pode ser confundido com um graveto. Existem lagartas que se parecem com
raminhos de plantas. E há grilos que imitam folhas.
Muitos animais ficam com a cor e a
forma dos lugares em que estão. Eles fazem isso para se defender dos inimigos
ou capturar outros bichos que servem de alimento. Esses truques são chamados de
mimetismo, isto é, imitação.
O cientista inglês Henry Walter Bates
foi quem descobriu o mimetismo. Ele passou 11 anos na selva amazônica estudando
os animais.
06. (D2) De acordo com o 2º parágrafo do texto, a ideia inferida é
(A) a camuflagem. (C) a troca de cor e forma.
(B) a mágica. (D) defender-se dos inimigos.
Leia a matéria abaixo para responder as questões 7 e 8.
A oposição acusou nesta
segunda-feira a presidente Dilma Rousseff de atropelar o Congresso Nacional ao
propor a realização de plebiscito sobre a reforma política. Com críticas ao
discurso de Dilma sobre os protestos que se espalham pelo país, os presidentes
do PSDB, DEM e MD (Mobilização Democrática) avaliam que a presidente não deu
respostas suficientes aos brasileiros que protestam por melhores condições de
vida.
"É uma competência exclusiva
do Congresso convocar plebiscito. Para desviar atenção, ela transfere ao
Congresso uma prerrogativa que já é do Legislativo e não responde aos anseios
da população", disse o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
Em
reunião com governadores e prefeitos, Dilma sugeriu hoje a realização de
plebiscito para ouvir os brasileiros sobre a convocação de uma Assembleia
Constituinte exclusiva para discutir a reforma política. Como as consultas
populares são de competência do Congresso, caberá ao Legislativo viabilizar a
proposta da presidente.
07. Pela leitura do texto fica claro que
(A) Os parlamentares concordaram com a proposta da
presidente.
(B) Os parlamentares não concordaram com a proposta da
presidente.
(C) o Congresso vai convocar uma Assembleia Constituinte para
discutir o assunto.
(D) O senador Aécio Neves fez outra proposta.
08. A palavra “atropelar” foi usado com o sentido de
(A) Derrubar.
(B) Desprezar.
(C) Chocar-se com violência.
(D) Atormentar.
RESPOSTAS
01- A; 02- A; 03- A; 04- A; 05- A; 06- A; 07- B; 08- B.
ESTUDO
DOS DESCRITORES: 5 e 6
(D5 – Identificar tema ou assunto do texto.
D6 – Distinguir fato de opinião relativa ao fato.)
Leia o texto a seguir.
FUGINDO
DO HOSPITAL
O visitante vai passando pelo corredor
do hospital, quando vê o amigo saindo disparado, cheio de tubos, da sala de
cirurgia:
__ Aonde é que você vai, rapaz?!
__ Tá louco, bicho, vou cair fora!
__ Mas, qual é, rapaz?! Uma simples
operação de apendicite! Você tira isso de letra.
E o paciente:
__ Era o que a enfermeira estava dizendo
lá dentro: “Uma operaçãozinha de nada, rapaz! Coragem! Você tira isso de letra!
Vai fundo, homem!”
__ Então, por que você está fugindo?
__ Porque ela estava dizendo isso era
pro médico que ia me operar!
(Ziraldo.
As melhores anedotas do mundo. Rio de Janeiro; Globo, 1988, p. 62.)
01.
O
fato principal dessa anedota é
(A)
O
rapaz tem medo de cirurgia.
(B)
Pela
da fala enfermeira o rapaz imaginou que o médico fosse fazer outra coisa.
(C)
Um
rapaz não quer submeter-se a uma operação de apendicite porque o médico é
inexperiente.
(D)
O
rapaz quando viu os utensílios cirúrgicos ficou com medo e fugiu.
Leia o texto a seguir.
A NAMORADA
Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos
galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos
galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.
BARROS, Manoel. Tratado geral das grandezas do ínfimo. Rio de Janeiro: Record, 2001
02.
(D3) “O pai
era uma onça” significa
que ele
(A) era
muito bravo. (C)
gostava de caçar.
(B)
gostava de florestas. (D)
tinha medo de animais.
Observe a imagem abaixo.
03. (D4) A família mostrada na imagem está
(A) no deserto.
(B) na praia.
(C) no lençol de dunas.
(D) no campo limpo.
As questões de 4 a 5 referem-se a esta
historinha:
O
irmão do Toninho era um bebê que chorava o dia inteiro. Não aguentando mais
aquele berreiro, um amigo do Toninho disse para ele:
__ Seu
irmãozinho é chato, hem? Ô diabo de menino chorão!
__
Pois eu acho que ele está certo.
__
Certo? Por quê?
__
Queria ver o que você faria se não soubesse falar, fosse banguela, careca e não
aguentasse ficar de pé.
04.
O texto trata, principalmente,
(A) do irmão de Toninho. (C) do choro do
bebê.
(B) do amigo de Toninho. (D) da chatice do
menino.
05.
(D1) O irmão de Toninho era um
(A) bebê. (C) chato.
(B) amigo. (D) careca.
Leia o
texto a seguir.
AS ENCHENTES DE MINHA INFÂNCIA
Sim, nossa casa era muito bonita,
verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do
outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos
Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa
tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente
ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara à enchente. As águas
barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às
bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no
meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.
Então vinham todos dormir em nossa
casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas,
aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes,
riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o
rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os
meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente,
ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo
para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do
Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do
Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então
dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que
aquela fosse a maior de todas as enchentes.
(Rubem Braga, Ai de ti, Copacabana. 3. Ed. Rio de
Janeiro: Ed. Do Autor, 1962. P. 157)
06. A
expressão que revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em nossa casa” (l. 10), é
(A) “Às vezes chegava alguém...” (C) “e se tomava café tarde
da noite!”
(B) “E às vezes o rio atravessava a
rua...” (D) “Isso para nós
era uma festa...”
Leia o
texto abaixo.
LIVRO É DEMAIS
O Pedro Elias Lins aniversariou no último dia 12. Como é um
sujeito legal, a turma da firma onde trabalho resolveu fazer-lhe uma surpresa,
naturalmente com o apoio do patrão José Ailton Torres.
Aí, salta dona Elúsia, secretária do chefão:
― O que é que
a gente dá de presente pra ele?
Zé Vicente, o contínuo,
sugeriu:
― Dá um livro!
Na hora, Zé Aílton rebateu:
__ Livro, não! Ele já tem um!
(Gazeta de Alagoas, Maceió, 14/4/98.)
07. O assunto do texto é
(A) a compra do presente. (C) o aniversário do chefe.
(B) a festa da firma.
(D)
o presente do contínuo.
08. Marque a opção que
expressa um fato.
(A) “Pedro Elias era um cara
legal.”
(B) “A turma da firma onde trabalho resolveu fazer uma surpresa
por ser um excelente funcionário.”
(C) “O patrão José Ailton Torres apoiou os funcionários com a
festa.”
(D) “Seria legal se desse um livro para o operário!”
Leia o texto.
MARIA VAI COM
AS OUTRAS EM AÇÃO
Os mesmos que hoje adotam Dunga
como queridinho, em redes sociais e no twiter, [...] serão os voltar-se-ão
contra o técnico da seleção em caso de fracasso.
E o farão sem dó nem
piedade. É uma legião de Maria vai com as outras, cujo cérebro não resiste à
manutenção de uma opinião pública.
Seus conceitos e
preconceitos migram de forma proporcional à capacidade neuronal de raciocínio:
quase nula. Podem cobrar depois.
09. Segundo o texto, a expressão “Maria vai com as outras” significa pessoas que
(A) têm pouca capacidade de
raciocínio.
(B) adoram o técnico da
seleção.
(C) falam mal do Dunga.
(D) seguem a opinião dos
outros.
RESPOSTAS
01- C; 02- A; 03- B; 04- D; 05- A; 06- D; 07- A; 08- C; 09- D.
REVENDO O QUE APRENDI
(D1 - Localizar informação explícita. D2 - Inferir informação em texto
verbal. D3 – Inferir o sentido de
palavra ou expressão. D4 –
Interpretar textos não verbais e textos que articulam elementos verbais e não
verbais. D5 – Identificar tema ou
assunto do texto. D6 – Distinguir
fato de opinião relativa ao fato.)
Leia o texto.
01.
(D1) De acordo com a conversa
que há entre o guarda e o rapaz,
ficou claro que ele foi
multado, isso ocorreu porque
(A)
o rapaz subordinou o guarda.
(B)
o rapaz atrapalhou o trânsito.
(C)
o rapaz fazia parte do protesto.
(D)
o rapaz estacionou o carro no local proibido.
02.
(D2) O que se infere da
tirinha, está no fato do que levou as multidões as ruas.
Isso está implícito na
utilização da terminologia
(A)
multa.
(C) corrupção.
(B)
Proibido estacionar. (D) subordinação.
Leia a
tira.
03.
(D3) O uso da expressão “É muita areia pro meu caminhão”, o sentido
dessa
expressão significa
(A)
Ela é muito bonita pra mim.
(B)
Ela pertence à classe da elite.
(C)
Não faço parte de sua classe.
(D)
Boniteza é qualidade de poucos.
Leia o
texto abaixo.
CANÇÃO DA AMÉRICA
Amigo é
coisa para se guardar
Debaixo
de sete chaves
Dentro
do coração
Assim
falava a canção que na América ouvi
Mas quem
cantava chorou
Ao ver o
seu amigo partir
Mas quem
ficou, no pensamento voou
Com seu
canto que o outro lembrou
E quem
voou, no pensamento ficou
Com a
lembrança que o outro cantou
Amigo é
coisa para se guardar
No lado
esquerdo do peito
Mesmo que
o tempo e a distância digam "não"
Mesmo
esquecendo a canção
O que
importa é ouvir
A voz
que vem do coração
Pois
seja o que vier, venha o que vier
Qualquer
dia, amigo, eu volto
A te
encontrar
Qualquer
dia, amigo, a gente vai se encontrar
Composição:
Fernando Brant / Milton Nascimento.
04. (D5) O tema desse texto é
(A) homenagem
do eu lírico a um amigo.
(B) a
liberdade de pensamento.
(C) a
fidelidade entre amigos.
(D) o
coração é a porta da emoção.
Leia o
texto abaixo.
SOUZA,
Maurício de. Almanaque da Mônica, n. 154, ago. 1999.
05. (D4) Depois que o galho quebrou, o
menino ficou
(A) cansado.
(B) nervoso.
(C) tonto.
(D) alegre.
Leia o
texto a seguir.
O SÁBIO
Havia um
pai que morava com suas duas jovens filhas, meninas muito curiosas e
inteligentes. Suas filhas sempre lhe faziam muitas perguntas.
Algumas,
ele sabia responder. Outras, não fazia a mínima ideia da resposta.
Como
pretendia oferecer a melhor educação para as suas filhas, as enviou para passar
as férias com um velho sábio que morava no alto de uma colina. Este, por sua
vez, respondia a todas as perguntas, sem hesitar.
Já muito
impacientes com essa situação, pois constataram que o tal velho era realmente
sábio, resolveram inventar uma pergunta que o sábio não saberia responder.
Passaram-se
alguns dias e uma das meninas apareceu com uma linda borboleta azul e exclamou
para a sua irmã:
– Dessa
vez o sábio não vai saber a resposta!
– O que
você vai fazer? Perguntou a outra menina.
– Tenho
uma borboleta azul em minhas mãos. Vou perguntar ao sábio se a borboleta está
viva ou está morta. Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la rapidamente,
esmagá-la e, assim, matá-la. Como consequência, qualquer resposta que o velho
nos der, vai estar errada.
As duas
meninas foram, então, ao encontro do sábio que se encontrava meditando sob um
eucalipto na montanha. A menina aproximou-se e perguntou:
– Tenho
aqui uma borboleta azul. Diga-me, sábio, ela está viva ou morta?
Calmamente,
o sábio sorriu e respondeu:
–
Depende de você... Ela está em suas mãos.
06. (D5) O tema desse texto é
a
(A) curiosidade.
(B) educação.
(C) impaciência.
(D) sabedoria.
07. (D6) Marque a opinião
expressa no texto.
(A) “O pai não sabia mais o que ensinar suas filhas.”
(B) “Uma das moças queria enganar o sábio.”
(C) “O sábio observou a esperteza da menina.”
(D) “A decisão é sua... em soltar ou matar, ela está em suas mãos.”
08. (D1) O pai pretendia
(A) mandar as duas filhas embora.
(B) enviar as filhas para morar com o velho.
(C) educar bem as duas filhas.
(D) acabar com as curiosidades das filhas.
Leia a
tirinha abaixo.
09. (D4) De acordo com o último quadrinho, deixa subentender que
Franjinha não compreendeu o que sua mãe se referiu no primeiro quadrinho da
tira.
Isso é percebido pelo fato
(A) do menino ter colocado o cão na cama fora do quarto.
(B) do menino ter pensado que o cão dorme é só e não com gente.
(C) do menino ter imaginado que a mãe não queria que ele dormisse com o
cão.
(D) do menino achar que o cachorro podia dormir em qualquer lugar.
RESPOSTAS
01- D; 02- C; 03- A; 04- A; 05- C; 06- D; 07- D; 08- C; 09- A.
Oi, bom dia! Gostaria que me enviasse seus excelentes trabalhos. Estou encantada com todos. Meu email:roseicapui@hotmail.com ou roseicapui@gmail.com. agradeço desde já.
ResponderExcluirExcelente blog !!!!
ResponderExcluirwww.auladeinglesparticular.com